TEMER DEFINE MEIRELLES
PARA A FAZENDA
Com a ressalva de que não divulgará a nova equipe até a decisão do
Senado sobre o afastamento da presidente Dilma Rousseff, o
vice-presidente Michel Temer admite que o ex-presidente do Banco Central
Henrique Meirelles é o nome que tem para assumir o Ministério da
Fazenda.
Temer já encaminhou o desenho do que espera para os principais
ministérios e os nomes que melhor se adaptam ao perfil que traçou para
seu governo.
O enfoque na Fazenda será a execução de um ajuste fiscal gradual capaz
de garantir a retomada da confiança, que impulsionará o crescimento.
Meirelles se encaixa no diagnóstico feito ao vice-presidente pelo
também ex-presidente do BC Armínio Fraga, de que o centro do problema da
crise econômica do país é o desequilíbrio fiscal.
Em entrevista ao jornal "O Globo", Temer admitiu que, se tivesse de
assumir hoje a Presidência, o ministro da Fazenda seria Meirelles:
"Fiquei muito bem impressionado com a conversa que tive com ele".
Meirelles tem defendido o que batizou de "ajuste completo". O acerto
das contas deve ser parte de um plano de desenvolvimento econômico que,
embora contracionista no curto prazo, vise ao crescimento ao fim do
processo, com aumento da renda e do emprego. O ex-BC compartilha da
visão de que a carga tributária atual é "pesada" demais.
Banco Central
A escolha do novo ministro da Fazenda será preponderante na definição
do nome do futuro presidente do Banco Central. No entanto, o comando dos
bancos públicos deve ser definido pelo próprio vice nas negociações da
composição de apoio partidário para seu governo no Congresso.
A presidência da Caixa deve ficar com o PP. O nome mais cotado é o do
ex-ministro da Integração Nacional do governo Dilma Gilberto Occhi, que é
funcionário do banco.
O grupo de Temer já rediscute a junção de várias Pastas num
superministério de infraestrutura. A avaliação é de que a união dos
ministérios não deu certo no governo Collor, na década de 90, e não
faria sentido repetir a receita agora.
Planejamento
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) é o mais cotado para o Planejamento.
Ele terá papel fundamental na articulação das medidas com o Congresso,
em especial na solução da "armadilha fiscal" que espera Temer caso
assuma a Presidência. Para a Casa Civil, já está certo o nome de Eliseu
Padilha (PMDB-RS).
O senador José Serra (PSDB-SP) tem poucas chances de ser nomeado para a
Fazenda. Assessores de Temer tentam convencer o tucano a aceitar o
Ministério da Educação.
A resistência continua sendo de uma ala do PSDB que teme que um
eventual bom desempenho de Serra no ministério o credencie como
candidato do partido em 2018. O PSDB já tem dois presidenciáveis: o
senador Aécio Neves e o governador Geraldo Alckmin. As informações são
do jornal "O Estado de S. Paulo".
Fonte: UOL UOL Economia
Nenhum comentário :
Postar um comentário