terça-feira, 21 de julho de 2015

FALTA DE CHUVAS REFLETE EM 

AUMENTO MÉDIA DE 50% NOS

 PREÇOS DOS ALIMENTOS


A junção de diversos fatores têm feito com que os alimentos sofram aumento nos preços. Em Mossoró, vendedores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), conhecida como Cobal, afirmam que, em média, os preços dos produtos estão 50% maiores que os praticados no final do ano passado, mas alguns alimentos chegam a superar os 84% de aumento. Já alimentos como a cebola viram seu preço disparar nos últimos meses, saindo de R$ 1 o quilo há dois meses para os atuais R$ 6. Um dos principais motivos apontados para a elevação no preço dos produtos é a seca.

“Está mais difícil comprar a mercadoria, alguns fornecedores perderam a produção e outros produtos passaram por aumento no preço. Somente nesta semana é que começaram a baixar de novo, mas ainda estão muito acima do que a gente comprava no ano passado. Por exemplo, a saca de batata era R$ 130, agora R$ 240”, conta o vendedor Edvaldo Vieira.

O vendedor conta que os problemas de abastecimento na região Sudeste do país afetam diretamente o preço dos alimentos na cidade, pois grande parte dos produtos comercializados na região vem de estados como São Paulo e Minas Gerais, além da Bahia, na região Nordeste.

Além das perdas na produção devido ao baixo volume de chuvas, fatores como os maiores custos de produção, ocasionados por aumentos no preço da energia elétrica e dos combustíveis, são apontados pelos produtores como responsáveis pelo encarecimento dos alimentos.

Edvaldo Vieira explica que produtos como batata, cenoura e outros legumes têm de ser comprados em outros estados e que a produção dos agricultores locais não é diversificada e nem em volume o suficiente para abastecer o mercado mossoroense. Entre os produtos produzidos no município estão o melão, a cebola, o mamão e a batata doce que teve aumento de 150% no último mês.

“Vendíamos batata doce a R$ 1 o quilo, mas hoje ela está de R$ 2,50. Não só os produtores de outros estados, mas os da região também têm enfrentado problemas. Um dos meus fornecedores de goiaba, da cidade de Baraúna, perdeu grande parte da safra este ano. É uma pena ver esta situação, ainda mais porque o município tem se desenvolvido graças a essa produção”, disse Edvaldo Vieira.

Preço da cesta básica natalense aumenta
 12,67% desde dezembro do ano passado

De acordo com levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço da cesta básica subiu 12,67% em junho deste ano em comparação com o aumento acumulado durante todo o ano passado. O kit com os produtos saiu de R$ 268,71 para R$ 302,76. O estudo só foi feito em capitais e em Brasília.

Embora tenha ficado mais cara, a cesta básica natalense continua sendo a segunda mais barata entre os 17 estados pesquisados pelo Dieese. No ano passado, Natal foi a única que apresentou queda no preço da cesta, com recuo de 1,70% em comparação com a média de custo do ano de 2013. Nos demais estados, houve aumento médio de 6,41% no ano passado.

No mês passado, o preço da cesta básica caiu em 15 capitais pesquisadas pelo Dieese. A cidade de São Paulo continua tendo o custo mais elevado, com a cesta a R$ 392,77, seguida pelas capitais Florianópolis (R$ 386,10), Porto Alegre (R$ 384,13) e Rio de Janeiro (R$ 368,71). A cesta mais barata em junho deste ano foi encontrada no Nordeste, em Aracaju, custando R$ 275,42.

Fonte: O Mossoroense 

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