CAERN ALERTA QUE MOSSORÓ PODERÁ
ENFRENTAR PROBLEMAS NO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Em tempos de crise no abastecimento de água em todo o país, a
preocupação sobre o risco de problemas no abastecimento no município
aumentou, sobretudo após anúncio de meteorologistas de que as chuvas no
Nordeste este ano têm 45% de probabilidade de ficarem abaixo da média.
Segundo o gerente da regional da Companhia de Águas e Esgotos do Rio
Grande do Norte (Caern), Neilton Barreto, se as chuvas não atingirem a
média, Mossoró poderá enfrentar problemas no abastecimento.
"Hoje,
30% do abastecimento de água de Mossoró vem da adutora Jerônimo Rosado,
que está com nível de 30,86% e recebe água da barragem Armando Ribeiro.
Caso não chova dentro da média este ano, talvez seja necessário reduzir a
vazão de sete metros cúbicos de água por segundo para um pouco menos",
explica o gerente.
Segundo o gerente da Caern, se as chuvas na região
Oeste não atingirem ao menos a média, a companhia deverá reduzir a
vazão para assegurar a perenização do rio Assú. A medida afetaria o
abastecimento das cidades de Mossoró, Assu e Serra do Mel. Contudo,
Neilton Barreto conta que a Caern não trabalha com a possibilidade de
racionamento este ano.
Em Mossoró, atualmente, 70% do abastecimento
de água é feito por poços artesianos, que, segundo o gerente, apresentam
nível de água suficiente para os próximos 24 meses. Ele informa que as
equipes da companhia têm acompanhado o volume dos lençóis freáticos e o
volume de chuvas com atenção e que, se as chuvas atingirem a média, não
há riscos para o abastecimento no próximo ano.
Neilton Barreto
esclarece que a companhia não é responsável pelo abastecimento de água
na zona rural, onde se tem registrado problemas no abastecimento. Cabe
ao município garantir o acesso à água por moradores da região. Segundo o
secretário municipal de Agricultura e Recursos Hídricos, Rondinele
Carlos, a Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM), dentre outras medidas,
mantêm 50 poços com dessalinização na zona rural.
"Hoje, fazemos
vistorias diariamente nos poços da zona rural com equipes que realizam
trabalhos de manutenção preventiva e corretiva. Também são mantidos
poços profundos com sistema adutor e operação com carro-pipa em 30
comunidades em parceria com o Exército Brasileiro", afirma o secretário.
Companhia trabalha com rodízio no abastecimento dos bairros mossoroenses
Segundo
Neilton Barreto, Mossoró vive espécie de regime de rodízio constante no
abastecimento, pois, na maioria dos bairros a água é disponibilizada em
dias alternados. Entretanto, caso o regime de chuvas não seja o
suficiente para repor o nível da barragem Armando Ribeiro, mesmo ela
representando menor parte do abastecimento na cidade, o racionamento
poderá ser modificado em 2016.
"Estamos atentos a todos os fatores
como regime de chuvas, níveis dos lençóis freáticos e das barragens.
Caso as previsões de pouca chuva se cumpram, teremos de tomar medidas
para que o abastecimento não seja interrompido para todos, mesmo que
signifique racionamento", disse.
O Rio Grande do Norte tem vivido,
desde 2011, período de escassez de chuvas. Segundo a Empresa de Pesquisa
Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), algumas regiões do Estado
estão em situação próxima ao colapso no abastecimento, com os maiores
reservatórios do RN (barragens Armando Ribeiro Gonçalves, Santa Cruz e
Umari), assim como a barragem que abastece Mossoró, apresentando volume
de água entre 30% e 45% da capacidade.
Fonte: O Mossoroense
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