COMO SOBREVIVER A 2015
Há alguns anos, os principais indicadores econômicos do Brasil
projetavam um futuro brilhante para o País. Em 2010, a expansão de 7,5%
do Produto Interno Bruto (PIB) – o maior desde o início do Plano Real –
era a prova de que estávamos num caminho sem volta. O governo Dilma I
começava com a perspectiva de crescimentos anuais ao redor de 5%,
inflação sob controle, disciplina fiscal, segurança jurídica, baixo
desemprego, grandes programas de investimentos em infraestrutura em
andamento e o grau de investimento como selo de confiança para
estrangeiros interessados em surfar a onda brasileira.
A alegria
de sediar a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada em 2016 tornava o
cenário ainda mais promissor. Mas isso são águas passadas e o Brasil,
infelizmente, atravessa uma crise das mais desafiadoras para o mundo dos
negócios. O ex-queridinho dos investidores do mundo inteiro passa por
uma tempestade perfeita, com más notícias por todos os lados. A política
anticíclica de Dilma Rousseff, que dera certo nos anos pós-crise
financeira mundial, em 2008, perdeu efeito.
O PIB murchou, a
indústria travou, a inflação passou a rondar perigosamente o teto da
meta estabelecida pelo Banco Central de 6,5% ao ano, o real perdeu
(muito) valor em relação ao dólar, os escândalos de corrupção atingiram
grandes empresas do cenário nacional e os riscos de apagão de energia
elétrica e de racionamento de água tornaram a economia do Brasil uma das
mais frágeis do mundo, segundo relatório recente do FMI. “Poucas vezes
em minha carreira profissional me lembro de ter visto um alinhamento de
circunstâncias negativas tão forte”, afirma o engenheiro Luís
Stuhlberger, um dos mais respeitados gestores de investimento do País,
que administra R$ 30 bilhões em ativos da Verde Asset Management.
O
que fazer num ambiente como esse? Superar a deterioração da economia
brasileira é o tema mais urgente na mesa dos executivos e empresários
neste início de governo Dilma II. Passado o Carnaval, a sensação é de
que a Quarta-Feira de Cinzas vai durar o ano todo. A recessão bate à
porta e o PIB pode ter sido negativo no ano passado, como admitiu na
semana passada o ministro da Fazenda, Joaquim Levy (leia mais aqui),
que está no comando de uma correção de rota dolorosa, com cortes de
gastos públicos e alta de tarifas, de impostos e de juros.
A
crise política é outra nuvem negra que paira no horizonte e ameaça a
realização das reformas pelo Executivo. O governo perdeu apoio da base
aliada no Congresso e a palavra impeachment voltou ao debate, apesar de
não haver provas da responsabilidade direta da presidente nos escândalos
de corrupção da Petrobras. Por tudo isso, os gestores de empresas, dos
mais diversos tamanhos e setores, têm sido obrigados a rever seus
planos. Aqueles que só estavam preparados para anos de bonança precisam
se ajustar aos novos tempos. Por isso, é natural que muitas perguntas
tenham de ser respondidas: o que fazer com o caixa da companhia? É
preciso enxugar a equipe?
Como lidar com a comunicação e preparar
a empresa para atravessar a tempestade? Crises, como se sabe, costumam
ser passageiras e, mais cedo ou mais tarde, acabam. Mas pode ser um erro
mortal minimizá-las. DINHEIRO consultou mais de uma dezena de
presidentes para entender o que eles fazem em momentos desafiadores como
esse que o Brasil está passando. Saiba o que pensa esse pelotão de
elite, que comanda empresas com faturamento somado de mais de R$ 100
bilhões, segundo o anuário AS MELHORES DA DINHEIRO 2014. Ao lado de
especialistas em administração, finanças, infraestrutura e recursos
humanos, eles explicam, a seguir, como colocar em prática o manual de
sobrevivência à crise.
1- Finanças
Controle de custos e gestão de caixa são a lição número 1
Aos
74 anos, o veterano executivo e consultor Cláudio Galeazzi é conhecido
no mercado como Mãos de Tesoura. A fama vem de sua obsessão pelo fluxo
de caixa. Em todas as empresas comandadas por ele nas últimas três
décadas, como Cecrisa, Mococa, Lojas Americanas, Sendas, Grupo Pão de
Açúcar (GPA) e BRF, atacar a gestão precária e enxugar os custos
trouxeram eficiência aos negócios. No Pão de Açúcar, onde entrara em
2007, então controlado pelo empresário Abilio Diniz, Galeazzi tinha
obstinação por manter o colchão financeiro confortável. Sua estratégia
parecia conservadora demais.
O ganho só foi percebido quando a
rede varejista atravessou a crise de 2008 com capital para adquirir, no
ano seguinte, o Ponto Frio e a Casas Bahia, dois concorrentes de peso.
Ao deixar a presidência, em 2010, o GPA dobrara de tamanho. É possível
que histórias como a do Pão de Açúcar se repitam no ano que vem. Antes,
porém, as empresas terão de controlar adequadamente seu fluxo de caixa.
Em tempos de ventos a favor, as fragilidades passam despercebidas. Neste
ano, o caixa será afetado pelo baixo crescimento do PIB ou pela
recessão.
A inflação em alta e os custos mais elevados dos
insumos vão comer parte do negócio das companhias. Os executivos terão
de controlar os custos com paciência, dia após dia. Por isso, a primeira
lição para os gestores é poupar. Manter o caixa sob controle, com o
dinheiro longe de grandes apostas, é a decisão mais sensata em períodos
de incerteza. Questionar cada ação do dia a dia para trazer recursos no
fim do mês é uma boa maneira de se manter atento às pequenas perdas –
que podem se transformar em grandes buracos mais adiante. Um sistema
diário de acompanhamento do caixa possibilita ações rápidas, seja para
revisar a estrutura, seja para redirecionar a estratégia.
“Executivos
não podem demorar a tomar uma decisão”, diz André Pimentel, sócio da
consultoria Performa Partners, de São Paulo. “Postergar pode trazer
consequências desagradáveis aos negócios.” Nos momentos de turbulência, o
Conselho de Administração, mais do que nunca, precisa estar ao lado dos
executivos. O contato deve ser permanente e todos devem se concentrar
naquilo que é o foco da companhia. Conselheiros e executivos precisam
ter conhecimento de como a empresa ganha dinheiro por produto ou
serviço, como está a eficiência de produção e entrega e quais são as
regras para manter o controle financeiro.
Analisar os processos
críticos é parte vital para entender quanto a empresa consegue gerar de
caixa. As decisões de curto prazo não são fáceis de serem tomadas. O
executivo Frederico Curado assumiu a Embraer em 2007, às vésperas da
crise mundial, e uma de suas primeiras medidas foi enxugar a estrutura,
resultando na demissão de mais de quatro mil funcionários. Naquele
momento, ele estava de olho numa reestruturação capaz de manter o caixa
saudável e preparar a fabricante de aviões de São José dos Campos para
voltar a crescer e conquistar mercado. No ano passado, a Embraer fechou
com uma carteira recorde de mais de US$ 22 bilhões em encomendas firmes
de aeronaves
. 2- VENDAS
. 2- VENDAS
Qualificar a gestão para vender melhor e com mais rentabilidade
O
calcanhar de Aquiles de boa parte das empresas brasileiras é o seu
produto. Não importa se ele veio de uma linha de montagem ou da
prestação de serviços. Falta conhecimento sobre os pontos fortes, os
fracos e, principalmente, onde os concorrentes são mais bem-sucedidos. A
crise traz a oportunidade de qualificar a gestão e verificar como
vender melhor e com mais rentabilidade. Se cortar custos é a linha de
partida, estabelecer processos eficientes de venda colabora com uma
redução de até 50% nas despesas, dizem as consultorias de gestão.
Para
isso, é preciso entender o contexto comercial, analisar os ganhos
possíveis de produtividade, aceitar que existem produtos que não fazem
sentido no portfólio da empresa e assumir que há possibilidade de ganhos
nas atividades industriais. Entre outras coisas, esse tipo de análise
definirá os diferenciais da companhia. “O mercado vai estar ruim para
todos, mas a sua empresa tem de ser melhor do que o concorrente”, diz
Glauco Abdala, sócio da consultoria Galeazzi & Associados.
“Sobrevive quem tiver qualidade de gestão e coragem de esperar a
recompensa em dois ou três anos.”
Normalmente, o principal foco
de problemas é encontrado nos canais de vendas. As empresas brasileiras
cultuam o gestor comercial com perfil “barriga no balcão”. São pessoas
que acreditam que a solução dos problemas está numa boa conversa. A
falta de estrategistas de venda empobrece o conhecimento necessário para
lidar com crises. Aqueles que fazem a gestão de seu portfólio podem
indicar a mudança no processo de venda, a alteração na rapidez de
entrega ou até a eliminação de um produto do portfólio. Para entender o
potencial de mercado, a recomendação é fazer uma simples análise.
Com
os índices de renda municipais disponíveis no IBGE, jogue no mapa do
Brasil esse indicador com todas as vendas de seus produtos nos últimos
três anos. O resultado vai mostrar se o nível de vendas está adequado
com o potencial local. E, principalmente, com os dados que sua empresa
tem de mercado. A técnica é simples, mas capaz de indicar boas saídas
para quem não sabe onde as vendas vão bem ou vão mal.
O
importante, nesse momento, é não se prender cegamente às vendas a
qualquer custo. Muitas vezes, empresas mais capitalizadas espremem suas
propostas, com prazos longos de pagamento para entregas expressas. Fuja
desse gênero de expediente, que pode trazer problemas para o caixa e, na
ponta do lápis, gerar uma margem negativa. Grandes volumes de
encomendas, que necessitem de compras de matérias-primas também tendem a
ser mau negócio. Segurar a ansiedade e ser racional é o primeiro passo
para não cair em arapucas.
3- INVESTIMENTOS
Seja seletivo e aplique o dinheiro em resultados rápidos
3- INVESTIMENTOS
Seja seletivo e aplique o dinheiro em resultados rápidos
O
tema investimento em 2015 é controverso. Os consultores temem que dar
liberdade para executivos realizarem qualquer tipo de aquisição pode ser
um caminho sem volta para o desastre. O principal alerta é que o
mercado financeiro está com pouca paciência para bancar empresas com
gerenciamento incompetente. Pior: com frequência, quando os bancos estão
dispostos a conceder o empréstimo, o custo é proibitivo e pode
comprometer a saúde do caixa. Por isso, qualquer despesa deve ser
analisada de forma criteriosa. Rever o plano de expansão é a maneira
mais saudável de decidir se vale a pena investir.
Maquinário para
novas linhas de produtos não são decisões indicadas, assim como a
modernização das linhas de produção. Há, claro, exceções. Parques fabris
muito defasados nos quais o investimento vai gerar alto impacto, com
comprovado ganho de produtividade, devem ser privilegiados. Mas são
casos pontuais em que a eficiência vai acabar com a ociosidade do
processo. “É preciso ser seletivo e gastar dinheiro em resultado rápido,
sem empréstimos”, diz Andre Schwartzman, sócio da KPMG para o setor de
reestruturação. “Os movimentos devem ser certeiros, com plano financeiro
e retorno adequado.” As apostas em novos mercados estão proibidas, por
enquanto. Nos últimos anos, as empresas investiram muito mais do que o
necessário e diversificaram sua atuação.
Algumas dessas
aquisições se mostraram equivocadas ou ainda não tiveram o tempo
necessário de maturação. Em caso de dúvida, é preferível se desfazer de
uma estrutura inchada e focar no mercado principal da companhia. A Vale,
por exemplo, planeja vender sua frota de 15 supercargueiros para
transporte de minério de ferro. “Hoje, para nós, ter a propriedade do
navio não é o mais importante”, disse o presidente Murilo Ferreira, em
recente entrevista à DINHEIRO. Desinvestimentos podem ser mais
interessantes do que um investimento, principalmente no curto prazo. O
importante é não desperdiçar recursos e manter um forte aperto das
despesas.
4- LOGÍSTICA
Custos de distribuição devem ser reduzidos ao mínimo
4- LOGÍSTICA
Custos de distribuição devem ser reduzidos ao mínimo
A
precária infraestrutura brasileira cobra um alto preço das empresas de
todos os setores, da indústria ao agronegócio. Os gastos com o
transporte de produtos representam 8,7% de suas receitas líquidas,
segundo estudo do instituto Ilos. É quase o dobro do verificado nos
países desenvolvidos. Nos períodos de bonança econômica, os erros e os
gargalos de distribuição passam batido e geralmente os custos da
ineficiência podem ser transferidos para os preços. Agora, é preciso
identificar esses problemas de prazos e as pesadas contas dos
deslocamentos.
O descaso em relação à estratégia logística é
mercadoria comum no País. Poucas empresas analisam criteriosamente
quanto tempo leva para transportar o produto do centro de distribuição
até o ponto de venda e se o resultado final é lucrativo. Operações
ineficientes estão por todo o caminho. Identificar esses trajetos é
fundamental para acabar com os defeitos. Custos de distribuição devem
ser reduzidos ao mínimo possível.
Desde o ano passado, a Lojas
Renner, de Porto Alegre, tem buscado melhorar a distribuição de seus
produtos a partir de seu centro de distribuição. A ideia da equipe
comandada por José Galló é abastecer as lojas individualmente, apenas
com os itens que foram vendidos.
O estoque, que anteriormente era
padrão para todas as lojas, passou a ter agilidade e rotatividade,
adequando-se às características de cada uma delas. O sistema estava em
teste no Rio de Janeiro e será ampliado para Santa Catarina. O mais
importante é que a nova logística gerou resultado. O crescimento de
vendas de 11,1%, em 2014, foi quase o dobro do resultado do ano
anterior. A Renner é um exemplo de que os estoques não devem ser
cortados, mas analisados com cuidado. É preciso segurar a produção e
atender pontualmente o mercado. Toda empresa tem um nível ideal que não
sobrecarrega o seu caixa, principalmente com aqueles produtos com giro
maior e que geram retornos maiores.
“Estoque é dinheiro na
prateleira, mas a empresa não pode pegar e usar”, diz Pimentel, da
Performa. “É preciso pensar em como vender para esse produto virar
dinheiro em caixa.” É possível buscar uma série de eficiências.
Parcerias com fabricantes de produtos similares não podem ser
desprezadas. A procura por um produtor local é uma saída inteligente. Há
muitas fábricas com capacidade ociosa capazes de atender com segurança
industrial, confidencialidade e qualidade. As vantagens vão além da
proximidade com o mercado consumidor: eliminação da distribuição, custo
menor de produção e, até, vantagens fiscais.
5- RECURSOS HUMANOS
Equipe talentosa é útil em qualquer cenário
5- RECURSOS HUMANOS
Equipe talentosa é útil em qualquer cenário
A
queda na taxa de desocupação, que recuou de 8,4% da população
economicamente ativa para 4,3% entre 2006 e 2014, demonstra que o País
conseguiu criar empregos tanto para os jovens recém-chegados ao mercado
de trabalho como para aqueles que estavam na fila do desemprego. O
cenário foi benéfico para todos os cargos e posições. Mas, com o fraco
desempenho da economia nos últimos quatro anos e uma perspectiva ruim
para os próximos dois, aumenta a possibilidade de que as empresas
iniciem um profundo corte de pessoal. A indústria é o setor mais
sensível, em razão do fechamento de linhas de produção.
No
entanto, o enxugamento do quadro de funcionários deve ser analisado com
cautela. As demissões devem ser feitas apenas quando os demais custos
fixos tenham sido reduzidos ao máximo e cortes pontuais vão ajudar o
caixa da empresa. Antes dessa análise interna, a saída de funcionários
pode ser um indicativo de que a empresa superestimou o seu potencial de
mercado e contratou sem critério. “O mundo não vive mais de longos
períodos de crise”, diz Alfredo Assumpção, sócio da empresa de
recrutamento Fesa. “É preciso se acostumar com crises curtas e se
ajustar a elas.”
Reestruturações profundas podem reduzir a
velocidade de recuperação no final de uma crise. O custo de
recontratações pode ser tão alto quanto o das demissões. É preciso
colocar no papel os investimentos em treinamento e engajamento nos novos
profissionais. Vale a pena correr o risco? A dispensa de um grande
número de empregados só é indicada se os processos de trabalho também
forem revistos. Se a carga de trabalho permanecer a mesma, haverá
insatisfação e, principalmente, desmotivação.
O mais indicado é
olhar para todas as áreas, enxergar quais peças estão supervalorizadas e
menos produtivas e promover trocas que vão trazer novas idéias para a
empresa. Nesse momento, é possível realizar contratações pontuais,
atrair um profissional que está insatisfeito em seu atual emprego e
reforçar o time com perfis e habilidades diferentes. Ao contrário da
crise de 2008, que provocou uma movimentação acima da capacidade nos
anos seguintes, com salários acima da média de mercado, desta vez a
tendência é atrair talentos com um custo mais baixo.
6- COMUNICAÇÃO
O silêncio pode custar 75% a mais no fim da crise
6- COMUNICAÇÃO
O silêncio pode custar 75% a mais no fim da crise
A
comunicação está entre os três primeiros itens na lista de cortes de
presidentes de grandes empresas em períodos de crise. O dado não é
aleatório. Faz parte de uma pesquisa reservada de uma das maiores
consultorias de gestão de marcas do mundo, que buscou medir como os
executivos reagem quando os primeiros sinais de alerta se acendem. A
percepção é que enxugar a comunicação ajuda a manter o investimento em
outras áreas. O problema do excesso de cortes nas verbas de marketing é
que uma empresa que ficou em silêncio num período de crise pode demorar
muito a voltar a ser ouvida e percebida pelos consumidores.
E
esse retorno, diga-se, custa muito caro. O investimento adicional para
recuperar o espaço perdido pode ser 75% maior do que o realizado por um
concorrente que manteve sua comunicação ativa. Em 2010, as companhias
brasileiras investiram quase 20% a mais em anúncios na mídia, em
comparação ao ano anterior, quando pisaram no freio com medo da crise
financeira mundial. “O reinvestimento é sempre muito maior no período
pós-crise”, diz Eduardo Tomiya, diretor-geral da Milward Brown Vermeer
para o Brasil. “O grande erro das empresas é não entenderem a
comunicação como uma estratégia.” A falha mais comum é concentrar no
presidnete a responsabilidade pelos ajustes de toda a comunicação.
Os
consultores ouvidos pela DINHEIRO indicam que o ideal é listar com o
pessoal do marketing as prioridades no período de crise. Com isso, é
possível saber onde podem ser feitos cortes pontuais e como alocar os
recursos disponíveis para a marca continuar em evidência. “Ficar quieto é
atitude de executivo preguiçoso”, diz Jaime Troiano, sócio-fundador do
Grupo Troiano de Branding. “Se uma empresa não fala, o concorrente vai
continuar falando e conquistando o consumidor.” O publicitário Nizan
Guanaes, sócio do Grupo ABC, costuma dizer que investir em comunicação é
questão de sobrevivência.
Uma de suas estratégias mais recentes
foi apostar no prestígio da mídia impressa para construir a marca
Dudalina, a confecção catarinense vendida no ano passado para os fundos
de investimento Advent e Warburg Pincus. Outro exemplo é a montadora
Hyundai, que, mesmo com o setor automotivo recuando mais de 7% em
vendas, no ano passado, manteve-se ativa nos principais veículos de
comunicação para reforçar a estratégia de consolidar uma imagem de
liderança na mente dos clientes. Para Guanaes, independentemente do
período, há formas inteligentes, baratas e efetivas para manter a
comunicação da empresa ativa.
Fonte: Isto É Dinheiro
Por Márcio Kroehn
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