JUROS PARA CRÉDITO A PESSOA FÍSICA
E JURÍDICA AUMENTARAM EM JUNHO
As taxas de juros das operações de crédito registraram nova alta em
junho, aponta levantamento divulgado hoje (15) pela Associação Nacional
dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
Trata-se da décima terceira elevação seguida. A taxa média geral para
pessoa física avançou 0,05 ponto percentual, em relação a maio (5,98%), e
ficou em 6,03% no último mês. Para pessoa jurídica, houve alta de 0,03
ponto percentual, passando de 3,41% para 3,44% em junho. Essa é a maior
taxa média de juros para empresas desde julho de 2012.
Das
seis linhas de crédito para pessoa física, apenas o financiamento para
automóveis teve redução. A taxa passou de 1,8% para 1,78%. O juro do
cartão de crédito foi o que apresentou maior alta, passando de 10,52%
para 10,7%, alta de 0,18 ponto percentual. O cheque especial (de 8,22%
para 8,28%) e o empréstimo pessoal por meio de financeiras (de 7,29%
para 7,35%) tiveram suas taxas elevadas em 0,06 ponto percentual. Em
seguida, estão os juros do empréstimo pessoal com bancos (de 3,41% para
3,45%) e do comércio (de 4,62% para 4,64%).
Para as pessoas
jurídicas, das três linhas pesquisadas, uma teve redução. A taxa média
de juros de capital de giro caiu 0,02 ponto percentual, passando de
1,84% para 1,82%. Esse é o menor resultado desde abril de 2013. As
operações de crédito com desconto de duplicatas (2,52%) e conta
garantida (5,98%), por sua vez, apresentaram queda nas taxas de 0,04 e
0,06 ponto percentual, respectivamente.
Na comparação com a taxa
básica de juros, a Selic, desde março do ano passado houve elevação de
3,75 pontos percentuais. Nesse período, os juros médios para pessoa
física subiram 13,93 pontos percentuais, de 87,97% ao ano, em março de
2013, para 101,9% ao ano, no mês passado. As empresas tiveram melhor
condição, com elevação de 6,48 pontos percentuais, de 43,58%, ao ano,
para 50,06%.
A Anefac avalia que os resultados refletem as
elevações do “aumento da inadimplência bem como o cenário econômico
nacional com expectativa de piora nos índices de inflação e de
crescimento econômico”. A entidade avalia que a tendência é que, a curto
prazo, a Selic se mantenha inalterada, o que deve fazer com que as
taxas de juros das operações de crédito mantenham-se estáveis.
Fonte: Agência Brasil
Por Camila Maciel
Por Camila Maciel
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