terça-feira, 22 de julho de 2014

 BRASIL PODE SER REDUZIDO À 

MEDIOCRIDADE ECONÔMICA


“A goleada que a sociedade, consciente ou inconscientemente, escolhe tomar por conviver numa economia de baixo crescimento e produtividade, com inflação elevada, déficit de infraestrutura e reduzida capacidade de competir na cadeia global de valores de um mundo cada vez mais integrado e globalizado, pode nos reduzir a mediocridade”. A análise é de Gabriel Leal de Barros, pesquisador da área de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia (FGV/IBRE) para quem a derrota do Brasil para a Alemanha, por 7 a 1, na semifinal da Copa do Mundo pode ensinar importantes lições, não apenas no campo esportivo, mas também nos econômico e político, para o país.
 

Barros destaca que os rumos a serem tomados estão nas mãos dos brasileiros, ainda que muitos não consigam ver isso. “Talvez essa miopia possa estar relacionada com o fato de sermos uma democracia recente, que ainda aprende a conviver e amadurecer esse organismo vivo que é a democracia”, analisa. E emenda: “Desejo que aprendamos logo, sob o risco de ser tarde demais, de o custo ser impagável e nos satisfazermos a ter um papel menor, mais recluso e tímido, incompatível com as qualidades, potencial e cultura do país”.
 

Olhando para a recente derrota esportiva, Barros considera que a mesma situação vivenciada no mundial — que forçou o país a repensar sua forma de atuação em diversas áreas como a de planejamento orçamentário, estratégico e tático do futebol —, pode ser transposta para a economia política. “O ponto aqui não é partidário — passa longe disso —, mas sim de pensar grande e para frente, de entregar um país melhor para os seus filhos e netos, de fazer as escolhas certas e sustentáveis em prazo médio. Caminhar na direção contrária é pensar pequeno, é pensar apenas no curto prazo, o que pode ser um tiro no seu próprio pé”, conclui.
Para ler toda análise do pesquisador, clique aqui.

Fonte: FGV-IBRE 

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