quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Por Tio Colorau


 PETROBRAS DESINTERESSADA

 EM "CAMPOS MADUROS"


Comumente, quando um novo estabelecimento é erguido em Mossoró, a imprensa aliada do governo diz que tal se deve a ação da administração; da mesma forma, quando uma empresa fecha as portas, a imprensa opositora põe a culpa no governo. É o que estamos presenciando agora em relação à Petrobras. Teve vereador que usou a tribuna da Câmara Municipal para “denunciar” o desmanche da estatal em Mossoró.

Assim como o Atacadão não se instalou em nossa cidade por causa da prefeita, a Petrobras também não está deixando de investir em Mossoró em razão do governo. Tudo é questão de mercado.

Com a descoberta do petróleo na área do pré-sal, a Petrobras está concentrando seus esforços para extrair o “ouro negro” dessa região. A estatal não está mais interessa em investir nos chamados “campos maduros”, que são os existentes em Mossoró e região, pois são áreas exploradas há vários anos e que por isso já não produzem muito.

O que se deve fazer é buscar alternativas para compensar a diminuição do mercado de petróleo em Mossoró, a fim de não abalar a economia local e evitar o aumento dos índices de desemprego.


 NOTA DO BLOG:

Tio, acho incrível a apatia e a falta de responsabilidade, interesse e vontade política da administração pública municipal, com relação a geração de emprego e renda na nossa amada urbe. 

O que se tenciona é alertar para os problemas que o desemprego ocasionados pela - petrobras e suas subsidiárias - vem ocasionando para Mossoró, obscurecidos que estão.

Mas é contra o tempo que estamos lutando. 

A cada dia, a cidade vem apresentando mudanças preocupantes nas mais diversas áreas (especificamente, a social, com a proliferação da violência, marginalidade, desemprego e prostituição), sem que o assunto seja sequer discutido por aqueles que podem contribuir para a melhoria ou revertimento dessa situação.

Até hoje, desconheço qualquer ação/atitude ou pronunciamento da senhora prefeita municipal, do presidente da Câmara de Vereadores, do CDL e do ACIM, no sentido de minimizar a problemática do desemprego gerado pela debandada dos investimentos da Petrobras em Mossoró e região.

Os chamados “centros de produção do saber” que a cidade dispõe: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Universidade Federal Rural do Semi Árido (UFERSA), Universidade Potiguar (UNP) e a Mather Cristhi, parecem desconhecer a gravidade da questão e fingem não perceber a fundamental participação que deveriam ter nesse contexto. 

Se não bastasse a omissão das Instituições de Ensino Superior da cidade, calam-se também os representantes do poder público municipal, deixando a população à margem e esquecendo que a perpetuação dos miseráveis que o petróleo fez existir, é também e principalmente responsabilidade deles. 

 O futuro que ronda nossa porta parece tão negro quanto o óleo que brota do nosso chão.

 É preciso devolver a Mossoró, a riqueza que lhe foi arrancada das entranhas, com a maleabilidade brutal que o poder sabe utilizar. 



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