DIMINUI DIFERENÇA ENTRE JOVENS
RICOS E POBRES QUE CONCLUEM
ENSINO MÉDIO
O percentual de jovens de 16 anos que concluíram o ensino fundamental e
dos jovens de 19 anos formados no ensino médio cresceu na última década,
segundo levantamento divulgado pelo movimento Todos pela Educação. O
número de adolescentes que terminaram o ensino médio com até 19 anos
cresceu 15,4%. Foram 509.485 concluintes a mais — 1.951.586 em 2014
contra 1.442.101 em 2005. No nível fundamental, o crescimento foi de
14,7%, o que representou mais 489.902 adolescentes com até 16 anos
formados no 9º ano em relação ao total de 2.596.218 em 2014, O
levantamento usou como base os resultados da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
De acordo com a economista e mestre em políticas públicas,
Alejandra Velasco, superintendente do TPE, o relatório mostra dois
grandes avanços: o crescimento histórico dos índices e a redução das
desigualdades. É que o estudo observou também os dados de acordo com a
raça/cor e renda da população e do local de moradia.
Houve melhora dos
indicadores relacionados à equidade, ou seja, a diferença entre ricos e
pobres, pretos e brancos, e moradores das áreas rurais e urbanas
diminuíram. “É a primeira vez que o país chega a esse patamar de
formação. A distância entre ricos e pobres, brancos e negros, zona rural
e urbana, caiu ao longo da última década. Mas combater essas
disparidades continua sendo um desafio, pois elas ainda são muito
grandes.”
Em relação à conclusão na idade certa, todas as regiões do país melhoraram, mas o progresso foi mais significativo no Norte, que avançou 5,2% entre 2013 e 2014, e no Nordeste, que cresceu 22,4% durante a década monitorada. A justificativa para a melhora nos índices engloba vários fatores, segundo Alejandra. “Em todos os casos, não existe fórmula mágica para melhorar os resultados. É preciso diminuir os índices de reprovação, formar melhor os professores e repensar o ensino médio para que leve o aluno a índices adequados de aprendizado.”
Entre 2007 (primeiro ano comparável) e 2014, as taxas de distorção idade série, aprovação e reprovação apresentaram evoluções. O Distrito Federal (DF) é uma das unidades federativas que cumpriu a meta estipulada para 2014. Naquele ano 72,4% dos jovens brasilienses de até 19 anos concluíram o ensino médio, contra 58,4 em 2005, crescimento de 13,9%, abaixo da média nacional e da região Centro-Oeste, 17,4%.
Mesmo com muitos números positivos, a economista entende que os avanços ocorrem a passos lentos. “É preciso fazer uma análise mais profunda e ver a situação de estados e municípios para entender por que o ritmo de crescimento não é maior. Mas sabemos que muitos lugares não conseguem alcançar as metas anuais”, argumenta. Duas saídas apontadas por Alejandra são melhorar as políticas de reforço escolar e aprimorar a implantação dos ciclos de ensino para que os estudantes não cheguem ao final sem compreender o conteúdo.
Desigualdade
Em relação à conclusão na idade certa, todas as regiões do país melhoraram, mas o progresso foi mais significativo no Norte, que avançou 5,2% entre 2013 e 2014, e no Nordeste, que cresceu 22,4% durante a década monitorada. A justificativa para a melhora nos índices engloba vários fatores, segundo Alejandra. “Em todos os casos, não existe fórmula mágica para melhorar os resultados. É preciso diminuir os índices de reprovação, formar melhor os professores e repensar o ensino médio para que leve o aluno a índices adequados de aprendizado.”
Entre 2007 (primeiro ano comparável) e 2014, as taxas de distorção idade série, aprovação e reprovação apresentaram evoluções. O Distrito Federal (DF) é uma das unidades federativas que cumpriu a meta estipulada para 2014. Naquele ano 72,4% dos jovens brasilienses de até 19 anos concluíram o ensino médio, contra 58,4 em 2005, crescimento de 13,9%, abaixo da média nacional e da região Centro-Oeste, 17,4%.
Mesmo com muitos números positivos, a economista entende que os avanços ocorrem a passos lentos. “É preciso fazer uma análise mais profunda e ver a situação de estados e municípios para entender por que o ritmo de crescimento não é maior. Mas sabemos que muitos lugares não conseguem alcançar as metas anuais”, argumenta. Duas saídas apontadas por Alejandra são melhorar as políticas de reforço escolar e aprimorar a implantação dos ciclos de ensino para que os estudantes não cheguem ao final sem compreender o conteúdo.
Desigualdade
Apesar
de continuarem altas, as discrepâncias caíram em todos os fatores
avaliados. Do ponto de vista das regiões, a diferença entre o número de
concluintes do sudeste, historicamente com os melhores resultados, e do
nordeste, região com os números mais baixos, caiu 13%. Entre o um quarto
mais pobre e o mais rico a diferença está menor em 14,3 pontos
percentuais. O índice de formados na idade certa subiu de 18,1% em 2005
para 36,8% em 2014 entre os mais pobres e se manteve quase estável,
passou de 80,4% para 84,9%, entre os mais ricos.
Quando a amostra foi dividida por cor da pele, o maior avanço ocorreu entre os pardos: 19,8% mais jovens fizeram o segundo grau na idade correta. Entre os pretos (termo usado pela classificação do IBGE), o aumento foi de 17,1% e 12,3% para os brancos. A diferença entre esses dois grupos caiu 4,9%.
Douglas Costa, 13 anos, nunca ficou em recuperação e conta que suas notas variam entre 8 e 10, mesmo nas matérias nas quais têm mais dificuldade, química e português. “Não estudo nem muito nem pouco, apenas o suficiente. Tenho facilidade em aprender. Faço os deveres de casa todos os dias e reviso o que aprendi uma semana antes de cada prova”, completa. “É a primeira vez que o país chega a esse patamar de formação. E a distância entre ricos e pobres, brancos e negros, zona rural e urbana, caiu. Mas combater essas disparidades continua a ser uma prioridade.
Quando a amostra foi dividida por cor da pele, o maior avanço ocorreu entre os pardos: 19,8% mais jovens fizeram o segundo grau na idade correta. Entre os pretos (termo usado pela classificação do IBGE), o aumento foi de 17,1% e 12,3% para os brancos. A diferença entre esses dois grupos caiu 4,9%.
Douglas Costa, 13 anos, nunca ficou em recuperação e conta que suas notas variam entre 8 e 10, mesmo nas matérias nas quais têm mais dificuldade, química e português. “Não estudo nem muito nem pouco, apenas o suficiente. Tenho facilidade em aprender. Faço os deveres de casa todos os dias e reviso o que aprendi uma semana antes de cada prova”, completa. “É a primeira vez que o país chega a esse patamar de formação. E a distância entre ricos e pobres, brancos e negros, zona rural e urbana, caiu. Mas combater essas disparidades continua a ser uma prioridade.
Fonte: Correio Braziliense
Por Jéssica Gotlib
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