sábado, 17 de outubro de 2015

SERVIDORES PROTESTAM PELA 

MANUTENÇÃO DO HOSPITAL 

DA MULHER


Servidores do Hospital da Mulher Parteira Maria Correia realizaram ontem pela manhã uma manifestação contra a possibilidade de fechamento da unidade. A maioria dos participantes era do setor de enfermagem, mas também estiveram presentes funcionários de outras áreas. Vestidos de preto, eles pediram o apoio da comunidade e com faixas pediam ao governador Robinson Faria que não deixasse que o hospital encerre as suas atividades.

O Sindicato dos Servidores da Saúde do Estado (SINDISAÚDE) também esteve representado na mobilização e manifestou apoio aos servidores. O presidente regional do Sindicato, João Morais, falou aos participantes e ressaltou que é uma falta de respeito deixar que a situação chegue a esse ponto. “Os trabalhadores da Saúde estão sendo massacrados a cada dia quando trabalham com as mínimas condições necessárias, sobrecarregados em suas funções pelo déficit de pessoal e agora ainda ter que sofrer esse terrorismo psicológico que é não saber o futuro do hospital em que trabalha. Não tem como nos calarmos diante dessa situação. É preciso nos mobilizarmos na busca pela garantia dos servidores”, disse. Além disso, o sindicalista ressaltou também os prejuízos que serão causados principalmente à população que necessita do atendimento que é ofertado no Hospital da Mulher, caso a unidade deixe de funcionar.

O técnico em enfermagem Aldiclésio Alves Maia também relatou as perdas que a comunidade terá caso a unidade feche suas portas. “Será um verdadeiro caos. A Maternidade Almeida Castro não comporta a demanda dos dois hospitais. É desesperador pensar que mulheres e bebês poderão morrer sem ter um atendimento necessário”, afirmou.

A técnica em enfermagem Luzia Maria de Oliveira, que também é integrante da diretoria do Sindisaúde, informou que o clima nos corredores do hospital está pesado desde que saiu a informação sobre o possível fechamento. “Os funcionários estão perdidos sem saber para onde irão se o HM fechar. Há quem diga que iremos para o Tarcísio Maia, mas aqui todos são experientes e com treinamentos voltados para a obstetrícia e lá é um pronto-socorro que não oferece o mesmo tipo de atendimento. É um clima de incerteza e dúvida que estamos tendo que lidar todos os dias”, disse.

Na tarde de ontem, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) emitiu um comunicado informando que o Hospital da Mulher Parteira Maria Correia não será fechado.

“O que está ocorrendo é a discussão de uma proposta para assegurar o fortalecimento e a qualificação da assistência materno-infantil para as regiões Oeste, Alto Oeste e Vale do Açu, dentro do processo de regionalização da Saúde que vem ocorrendo no Rio Grande do Norte, conforme já divulgado pela Secretaria. Paralelo a essa proposta, encontra-se em execução um projeto para construção do Hospital Materno Infantil de Mossoró, dentro do projeto RN Sustentável, com previsão para conclusão da obra em 2018. Inclusive, nesta quinta-feira (15), foi realizada uma reunião entre o secretário de estado da Saúde, Ricardo Lagreca, e representantes do consórcio Vasserman/Gabinete, que apresentaram o projeto arquitetônico para a construção dessa unidade hospitalar”, informou a assessoria de comunicação da Sesap.

 Fonte: Gazeta do Oeste

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