SERVIDORES PROTESTAM PELA
MANUTENÇÃO DO HOSPITAL
DA MULHER
Servidores do Hospital da Mulher Parteira Maria Correia realizaram
ontem pela manhã uma manifestação contra a possibilidade de fechamento
da unidade. A maioria dos participantes era do setor de enfermagem, mas
também estiveram presentes funcionários de outras áreas. Vestidos de
preto, eles pediram o apoio da comunidade e com faixas pediam ao
governador Robinson Faria que não deixasse que o hospital encerre as
suas atividades.
O Sindicato dos Servidores da Saúde do Estado (SINDISAÚDE) também
esteve representado na mobilização e manifestou apoio aos servidores. O
presidente regional do Sindicato, João Morais, falou aos participantes e
ressaltou que é uma falta de respeito deixar que a situação chegue a
esse ponto. “Os trabalhadores da Saúde estão sendo massacrados a cada
dia quando trabalham com as mínimas condições necessárias,
sobrecarregados em suas funções pelo déficit de pessoal e agora ainda
ter que sofrer esse terrorismo psicológico que é não saber o futuro do
hospital em que trabalha. Não tem como nos calarmos diante dessa
situação. É preciso nos mobilizarmos na busca pela garantia dos
servidores”, disse. Além disso, o sindicalista ressaltou também os
prejuízos que serão causados principalmente à população que necessita do
atendimento que é ofertado no Hospital da Mulher, caso a unidade deixe
de funcionar.
O técnico em enfermagem Aldiclésio Alves Maia também relatou as
perdas que a comunidade terá caso a unidade feche suas portas. “Será um
verdadeiro caos. A Maternidade Almeida Castro não comporta a demanda dos
dois hospitais. É desesperador pensar que mulheres e bebês poderão
morrer sem ter um atendimento necessário”, afirmou.
A técnica em enfermagem Luzia Maria de Oliveira, que também é
integrante da diretoria do Sindisaúde, informou que o clima nos
corredores do hospital está pesado desde que saiu a informação sobre o
possível fechamento. “Os funcionários estão perdidos sem saber para onde
irão se o HM fechar. Há quem diga que iremos para o Tarcísio Maia, mas
aqui todos são experientes e com treinamentos voltados para a
obstetrícia e lá é um pronto-socorro que não oferece o mesmo tipo de
atendimento. É um clima de incerteza e dúvida que estamos tendo que
lidar todos os dias”, disse.
Na tarde de ontem, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP)
emitiu um comunicado informando que o Hospital da Mulher Parteira Maria
Correia não será fechado.
“O que está ocorrendo é a discussão de uma proposta para assegurar o
fortalecimento e a qualificação da assistência materno-infantil para as
regiões Oeste, Alto Oeste e Vale do Açu, dentro do processo de
regionalização da Saúde que vem ocorrendo no Rio Grande do Norte,
conforme já divulgado pela Secretaria. Paralelo a essa proposta,
encontra-se em execução um projeto para construção do Hospital Materno
Infantil de Mossoró, dentro do projeto RN Sustentável, com previsão para
conclusão da obra em 2018. Inclusive, nesta quinta-feira (15), foi
realizada uma reunião entre o secretário de estado da Saúde, Ricardo
Lagreca, e representantes do consórcio Vasserman/Gabinete, que
apresentaram o projeto arquitetônico para a construção dessa unidade
hospitalar”, informou a assessoria de comunicação da Sesap.
Fonte: Gazeta do Oeste
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