ENTIDADES EMPRESARIAIS DO
RN REPROVAM AUMENTO DE
IMPOSTOS DO GOVERNO
A classe empresarial do Rio Grande do Norte não aprovou a série de
aumentos tributários anunciada pelo Governo Federal na segunda-feira
(19). O objetivo do governo é aumentar a receita em R$ 20,6 bilhões em
impostos sobre combustíveis, IPI sobre os atacadistas de cosméticos,
aumento do PIS e da Cofins sobre os produtos importados e o IOF no
crédito para pessoas físicas.
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do
RN (Fecomércio RN), Marcelo Queiroz, caracterizou o aumento como
“insano”, preocupando o setor. Ele relembrou que o Brasil já tem uma
alta carga tributária.
“O pacote traz aumento de impostos e tributos, o que jamais poderia
ser bem visto pelo setor produtivo em um país que já tem uma carga
tributária insana. Ele também traz um novo aperto para o crédito, com o
aumento do IOF. Crédito mais caro redunda em menos consumo e em menos
vendas. Todos estes aspectos são externamente negativos e nos preocupam
fortemente. O alento que temos é o fato de que as medidas estão sendo
adotadas como forma de organizar um contexto econômico extremamente
desfavorável que vivemos hoje”, declarou Marcelo Queiroz.
Queiroz falou que aguarda os cortes nos gastos públicos, que por
consequência, poderão fazer a economia crescer após a recuperação.
“Ficaremos no aguardo de medidas de corte nos gastos públicos, algo que
ainda não vimos, e também esperando que, recuperado, o Poder Público
faça a economia crescer. Mas, repito, de momento, vimos com preocupação e
apreensão estas medidas”, reforçou.
O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte
(Fiern), Amaro Sales, afirmou que os empresários aguardavam medidas do
Governo Federal, mas não “um tiro de canhão”.
“A indústria vai sofrer, faltou compreensão ao setor produtivo. É um
golpe para a indústria e ficamos preocupados, alguns empresários já me
ligaram e não aprovaram as medidas”, declarou.
Sales comentou que com os aumentos, a produção brasileira irá
desacelerar, complicando a competitividade entre as empresas. “A
energia, por exemplo, é responsável 30% pelo custo de uma empresa, com o
aumento de 40%, onera no orçamento”, exemplificou.
Amaro Sales alertou que pelo Rio Grande do Norte ter uma economia
diversificada, cada empresa irá analisar a melhor forma de “suportar”
aos novos custos e afirmou que a Fiern irá aconselhar os empresários
para resistir aos aumentos tributários.
Fonte: Portal no Ar
Por Virgínia França
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