quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

ENTIDADES EMPRESARIAIS DO

 RN REPROVAM AUMENTO DE

 IMPOSTOS DO GOVERNO


A classe empresarial do Rio Grande do Norte não aprovou a série de aumentos tributários anunciada pelo Governo Federal na segunda-feira (19). O objetivo do governo é aumentar a receita em R$ 20,6 bilhões em impostos sobre combustíveis, IPI sobre os atacadistas de cosméticos, aumento do PIS e da Cofins sobre os produtos importados e o IOF no crédito para pessoas físicas.

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (Fecomércio RN), Marcelo Queiroz, caracterizou o aumento como “insano”, preocupando o setor. Ele relembrou que o Brasil já tem uma alta carga tributária.

“O pacote traz aumento de impostos e tributos, o que jamais poderia ser bem visto pelo setor produtivo em um país que já tem uma carga tributária insana. Ele também traz um novo aperto para o crédito, com o aumento do IOF. Crédito mais caro redunda em menos consumo e em menos vendas. Todos estes aspectos são externamente negativos e nos preocupam fortemente. O alento que temos é o fato de que as medidas estão sendo adotadas como forma de organizar um contexto econômico extremamente desfavorável que vivemos hoje”, declarou Marcelo Queiroz.

Queiroz falou que aguarda os cortes nos gastos públicos, que por consequência, poderão fazer a economia crescer após a recuperação. “Ficaremos no aguardo de medidas de corte nos gastos públicos, algo que ainda não vimos, e também esperando que, recuperado, o Poder Público faça a economia crescer. Mas, repito, de momento, vimos com preocupação e apreensão estas medidas”, reforçou.

O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Amaro Sales, afirmou que os empresários aguardavam medidas do Governo Federal, mas não “um tiro de canhão”.

“A indústria vai sofrer, faltou compreensão ao setor produtivo. É um golpe para a indústria e ficamos preocupados, alguns empresários já me ligaram e não aprovaram as medidas”, declarou.

Sales comentou que com os aumentos, a produção brasileira irá desacelerar, complicando a competitividade entre as empresas. “A energia, por exemplo, é responsável 30% pelo custo de uma empresa, com o aumento de 40%, onera no orçamento”, exemplificou.

Amaro Sales alertou que pelo Rio Grande do Norte ter uma economia diversificada, cada empresa irá analisar a melhor forma de “suportar” aos novos custos e afirmou que a Fiern irá aconselhar os empresários para resistir aos aumentos tributários.

Fonte: Portal no Ar
 Por Virgínia França


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