ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO APONTA
CAMINHOS COM ECONOMIA SOLIDÁRIA
Com as boas vindas da Companhia Pão Doce
de Teatro, estudantes e Engenheiros de Produção de todo o Nordeste
foram recepcionados na abertura oficial do VII Simpósio de Engenharia de
Produção do Nordeste, realizado ontem à noite, 26, no teatro Dix-Huit
Rosado. Com a plateia lotada, os participantes assistiram ao recital A
Luz do Luar, uma homenagem a Mossoró, cidade escolhida para sediar a
sétima edição do SIPRONE. O professor Reinaldo Pacheco da Costa proferiu
a palestra de abertura enfocando o tema A engenharia de produção no
contexto da economia solidária.
Antes
da palestra do professor Reinaldo Pacheco, o reitor em exercício da
Universidade Federal Rural do Semi-Árido, professor Francisco Praxedes
de Aquino, ressaltou a importância da universidade para o
desenvolvimento da Região Nordeste. “Durante muito tempo a nossa região
era considerada um vagão vazio que atrapalhava a locomotiva do país”,
pontuou o professor Praxedes. Segundo o reitor, atualmente a situação
mudou graças ao trabalho realizado pela universidade. “O SEPRONE é
exemplo dessa realidade”, considerou, elogiando e agradecendo o emprenho
e o trabalho dos professores e estudantes responsáveis pelo VII
Simpósio de Engenharia de Produção.
Para
o coordenador do SEPRONE, o professor Davi Custodia de Sena, durante os
três dias do evento, que prossegue de hoje até sexta-feira, 29, nas
dependências do Hotel Thermas, os participantes terão a oportunidade de
questionar sobre o papel do engenheiro de produção para tornar a
sociedade mais justa e humanamente sustentável. “Pretendemos construir
conjuntamente essa resposta a partir dos debates, palestras, fórum e
minicursos que serão ministrados no SEPRONE”, discursou.
Ressaltando
a importância do Simpósio para Região Nordeste, o pró-reitor de
graduação e reitor eleito da UFERSA, professor José de Arimatea de
Matos, parabenizou o esforço da equipe na organização do evento.
“Apostamos nessa ideia no ano passado, durante o encerramento do VI
SEPRONE em Campina Grande, demos o apoio necessário para trazer para
UFERSA esse importante evento que enaltece Mossoró, uma cidade
hospitaleira que recebe com alegria os palestrantes e participantes do
SEPRONE”, frisou.
Considerando
um desafio, o coordenador do curso de Engenharia de produção da UFERSA,
professor Breno Barros Telles do Carmo, reconheceu a importância do
evento. “Apesar de ter apenas seis anos, o curso de Engenharia de
Produção da UFERSA é considerado um curso de excelência e acatamos o
desafio para promover também um Simpósio de excelência”, afirmou,
agradecendo a toda equipe envolvida na organização.
PALESTRA
Coube ao professor Abraão Ferreira Júnior apresentar o palestrante
que abriu o VII Simpósio de Engenharia de Produção do Nordeste, o
Professor Doutor Reinaldo Pacheco da Costa que abordou o tema A
engenharia de produção no contexto da economia solidária. O Doutor
Reinaldo Pacheco é professor titular da Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo – POLI USP.
Tomando
como base a história do pensamento econômico, o professor Reinaldo
Costa vê na economia solidária a alternativa para mudar a maneira de
produzir sem a utilização de estratégias competitivas. “A economia
solidária advém da crítica ao sistema de produção”, considerou. Ele
acredita que a saída para enfrentar a questão do desemprego, da
sustentabilidade a da distribuição de renda está na economia solidária.
Ainda
segundo o palestrante, o Brasil possui 20 milhões de desempregados e
mais de 14 milhões de famílias que ainda vivem em pobreza extrema. “Essa
realidade em dez anos vem melhorando graças às ações desenvolvidas com a
economia solidária”, lembrou. “O cooperativismo por autogestão
impulsiona a economia melhorando a vida dos menos favorecidos”, pontuou.
Para
o professor Reinaldo Pacheco, a tecnologia deve ser utilizada para
agregar pessoas, não para afastá-las do mercado de trabalho. “Cabe ao
engenheiro de produção se preparar para gerenciar esse sistema
produtivo, daí, a importância do envolvimento dos acadêmicos em projetos
voltados para a economia solidária”, frisa.
Para Reinaldo esse
envolvimento deve começar na universidade, nas incubadoras tecnologias,
nas cooperativas, nas ong’s, nas associações, entre outras entidades. O
professor vê na economia solidária alternativa para a sustentabilidade
com base no tripé sociedade, natureza e economia.
Fonte: Assessoria de Comunicação da UFERSA
Jornalista Passos Júnior
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