sábado, 19 de novembro de 2011

Por José Romero Araújo Cardoso*



HITLER E A CRUZ JAÍNA OU SUÁSTICA




O Tibete é o lugar dos mistérios insondáveis há tempos imemoriais, pois segredos abissais são passados de geração a geração pelos budistas da região localizada no “teto do mundo”, interagindo em práticas religiosas os poderes das magias branca e negra.


Símbolo sagrado do povo das montanhas elevadas do Himalaia, a cruz Jaína ou suástica representa os poderes positivos e, quando invertida, os negativos, responsáveis pelas manifestações de inquietude daqueles que se dedicam a cultuar o mal.


Adolf Hitler era um entusiasta das denominadas ciências ocultas, conhecia perfeitamente a fama que envolvia o misterioso povo das alterosas asiáticas, motivo pelo qual poucos se deram conta de uma estratégia simples que o furher adotou quando resolveu implantar a bandeira nazista que representaria o III Reich.


Hitler, pintor inexpressivo, se encarregou de modelar com as próprias mãos o símbolo da Alemanha Grande que ele sonhava erigir. Certamente o ditador germânico teve contato com monges tibetanos, pois a cruz Jaína ou suástica positiva, símbolo sagrado de uma cultura milenar, tornou-se a efígie que decorou a flâmula oficial que simbolizou seu domínio a partir de 1933.


Com sutileza, Adolf Hitler não adotou a cruz Jaína positiva na forma como ela é traçada pelos tibetanos dedicados à magia branca, mas fê-la recuar alguns graus à esquerda, conforme pode ser observado nas fotografias de época mostrando a bandeira nazista.


O símbolo adotado por Hitler tinha uma clara objetivação de semear a maldade, pois na forma original a cruz Jaína representa o poder da luz, das coisas boas, da energia positiva que deve guiar as pessoas.


Na forma como Hitler a concebeu, a energia que flui de todos os lados não pode se completar. Do ponto de vista místico tratava-se de uma forma de expressar seus objetivos, que passaram efetivamente a ser concretizados a partir de 1939, quando eclode a segunda grande guerra.


O mundo ocidental, talvez por desconhecer a cultura tibetana, não prestou a atenção devida àquela inversão de sentido contido na suástica.


Os projetos dominadores de Hitler eram manipulados por famosos magos de sua época, feiticeiros e pessoas ligadas ao ocultismo, tendo em vista que a invocação de forças sobrenaturais foi constante na vida do austríaco que chefiou a Alemanha e a levou para uma das mais funestas aventuras de toda história da humanidade.



(*) José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor da UERN.



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