EMPRESAS BRASILEIRAS AGUARDAM
DESFECHO DA CRISE NA LÍBIA
Empresas brasileiras com operações na Líbia aguardam o desfecho da crise política na Líbia e a perpespectiva de normalização para decidir quando e como voltar a atuar no país.
Odebrecht, Queiroz Galvão e Petrobras informaram por meio de suas assessorias de imprensa que acompanham a situação no país para definir ações futuras.
A Odebrecht, que é responsável pela construção de um aeroporto internacional e do anel viário na capital líbia, Trípoli, disse que as operações estão suspensas desde que a crise eclodiu, em fevereiro.
Os contratos da Odebrecht são avaliados em mais de R$ 5 bilhões e as obras, estavam cerca de 30% concluídas quando tiveram de ser paralizadas.
Também em fevereiro a Queiroz Galvão retirou seus funcionários do país, incluindo 130 que viviam na cidade de Benghazi, a segunda maior do país, no leste da Líbia.
Interesses brasileiros
O governo brasileiro ainda não reconheceu oficialmente o movimento rebelde como o novo governo da Líbia. Mas segundo a sua assessoria de imprensa, o Ministério das Relações Exteriores já mantém contatos informais com representantes dos rebeldes.
Boa parte dos países europeus e os Estados Unidos já reconheceram o Conselho Nacional de Transição dos rebeldes como governo interino líbio.
Na segunda-feira, um porta-voz da estatal petroleira líbia, Agoco – que está do lado dos rebeldes –, insinuou que a demora brasileira em reconhecer oficialmente a queda do regime de Muamar Khadafi pode prejudicar os interesses brasileiros na Líbia.
"Não temos problemas com os países ocidentais, como as companhias italianas, francesas e britânicas. Mas podemos ter algumas questões políticas com a Rússia, a China e o Brasil", disse à agência Reuters o porta-voz da empresa, Abdeljalil Mayouf.
Antes do início da crise política, a Líbia produzia 1,6 milhão de barris diários de petróleo leve, dos quais 1,3 milhão de barris eram exportados – a maior parte para países europeus.
A perspectiva de retomada do fornecimento de petróleo por parte da Líbia tem tido impacto limitado no mercado, porque os analistas estimam que serão necessários pelo menos dois anos para que o produto volte a estar disponível.
Fonte: http://economia.uol.com.br
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