quarta-feira, 29 de junho de 2011

POR SILVANA ESCÓSSIA


 
 A QUESTÃO DOS PLANOS DE SAÚDE

 

Tenho acompanhado as várias matérias abordando a questão da saúde na cidade de Mossoró como também a questão dos planos de saúde.

Como profissional da saúde e prestador (CLIMARP) onde além de consulta oferecemos também o serviço de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, nunca deixamos de atender nem dificultamos a marcação de uma consulta ou de uma fisioterapia independente do paciente ser particular ou de plano de saúde. 

Em relação à Hapvida, concordo com tudo o que já disseram, pois já fomos credenciados para atender por esse plano e faz mais de dois anos que tentamos receber o que ela nos deve sem sucesso. Desta forma resolvemos não atender mais os pacientes da Hapvida, que deveria ser chamado de “APERREIO DE VIDA”. Ela termina jogando o paciente contra o profissional e causando muito constrangimento para as partes (paciente X profissional). 

Falam muito da UNIMED por ela ser o plano de maior evidencia na cidade. Mas, adianto que é a Unimed o nosso melhor plano e, somos cientes dos valores repassados e, portanto se aceitamos mesmo assim realizar um credenciamento sabemos da obrigação de atender bem todo e qualquer paciente que nos procurar. Essa é uma regra que a CLIMARP segue independente do plano a que ele pertence.

Quanto ao resto, concordo plenamente. O assunto deve sim ser debatido, pois também sou usuária de plano de saúde e pago a dois planos e ainda assim ocorre de ter que pagar particular, pois nem sempre encontro um profissional que atenda por um dos dois planos. 

Para completar, ainda somos enganados por empresários que chegam a nossa cidade tipo: CÉSAR BACELAR dono da VITAMED sai em capa de revista, faz festa, esbanja riqueza, põe pessoas espalhadas pela cidade passando a idéia de ser um plano que vai fazer a diferença e deixa um rasto de enorme de sujeira. Aqueles que pagaram para ter um plano ficaram a ver navios e os que se credenciaram para atender aos usuários da VITAMED nunca receberam um centavo. Ninguém responde mais pelo plano na cidade e nem no estado, ele simplesmente sumiu. 

A crise na saúde que a cidade passa é preocupante. Muitos já fecharam suas portas e muitos ainda fecharão. É quase impossível assumir os encargos contratuais dos funcionários e as retenções realizadas (IR, ISS, FGTS, PIS, COFINS, CSLL, TAF) pelo governo além dos custos com material de consumo, água, luz, telefone, etc. Desta forma, muitos estão preferindo atender apenas a pacientes particulares, pois além de trabalhar menos ganha-se melhor. O que é tarefa impossível quando se trabalha apenas com planos de saúde. É preciso atender uma quantidade enorme de pacientes para depois receber por um valor pequeno e ainda ficar com metade do que foi produzido em retenções.

PS. O referido texto foi publicado na coluna do jornalista Gilberto de Sousa - Gazeta do Oeste


Um comentário :

Anônimo disse...

Ser usuário de plano de saúde está ficando parecido com os usuários dos cartões de crédito. O usuário da matéria paga por dois planos e mesmo assim ainda tem que pagar particular, pois em alguns casos não é atendido por profissionais de nenhum dos dois planos. Imagine você chega em uma loja e uma placa não aceitamos os cartões x, y e Z.