CASAMENTO
Bivar Olintho, que foi prefeito duas vezes de Patos, deputado estadual e federal, foi, sem dúvida, no seu tempo, o político mais popular daquela cidade, em cuja residência, Maria, uma morena trintona, tornou-se, pela sua hospitalidade, pela sua gentileza e pela sua dedicação, a pessoa mais estimada de quantos eram amigos daquele prestigiado político.
Tanto, que para o casamento dela seu "Mané", um caboclo meio encabulado de lá mesmo da cidade, a família fez uma grande festa na fazenda Jurema, do coronel Antonio Gomes, sogro de Bivar, à qual compareceu o grande mundo político e social de Patos.
Casamento de gente muito importante, sim senhor!!
À tarde, logo que o casal deu entrada na sala principal da casa da fazenda, o noivo "Seu Mané", sentou-se numa cadeira, tirou o chapéu e o colocou sobre a braguilha, sem dali se levantar mais para coisa alguma.
O forró, que começou cedo, puxado à sanfona, já ia lá pelas dez horas da noite, quando Stoessel Wanderley, um dos mais íntimos amigos de Bivar, portanto, também de Maria, tirou-a para dançar e, antes de terminar a parte, segurando-a pelo braço, aproximou-se do noivo e disse:
- "Seu Mané", vá terminar de dançar esta parte com Maria !
E ele, com as duas mãos sobre o chapéu, posto na braguilha, agradeceu:
- Não senhor. Muito obrigado, eu faço questão que o senhor vá terminar a parte dançando com ela...
Nisso, Stoessel se abaixou e perguntou no ouvido dele:
- "Seu Mané" parece que está com o "prego" duro!
E ele:
- Tou, sim sinhô, derne das quatro hora da tarde quando me sentei aqui!...
Fonte:www.fatoseletras.com.br/causos.html
Enviado por João Bosco Araújo
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