segunda-feira, 25 de abril de 2011

POR LUIS FAUSTO*



O RIO GRANDE DO NORTE É UMA FARSA



A frase é forte, o título pode parecer exagerado, mas é esta a verdade, a única verdade, nada mais do que a verdade.

O Rio Grande do Norte é uma farsa, diria até que é uma fraude.

De dezembro a janeiro estive por lá durante quase 40 dias, entre Natal e Mossoró, e o que vi e ouvi não deixa dúvidas.

Em terras potiguares, meus senhores e minhas senhoras, não se escreve o que se diz, não se diz o que se escreve, as versões são mais importantes do que os fatos e o que parece ser definitivamente não é.

Em resumo, em pouquíssimas palavras, o reino do absurdo e da fantasia existe e está ali, no Rio Grande do Norte, entre Natal, Mossoró e todas as adjacências possíveis e imagináveis.

Pense e procure, mas você não encontrará em nenhum estado brasileiro, e arrisco mesmo a cravar que em nenhuma birosca do mundo inteiro, uma governadora que apesar de eleita há quase cinco meses, empossada pertinho de 60 dias, ainda não tem projeto e nem programa administrativo, não sabe o que fazer no cargo, tropeça quando a pergunta foge ao script e se confunde ao examinar planilhas de dívidas e encargos. Rosalba Ciarlini é assim, e assim sempre será, o que torna impossível e inimaginável qualquer movimento para reconstruir e avançar.

Pesquise na memória, busque nos neurônios mais escondidos, e mesmo com todo esforço d´alma duvideodó que você ou alguém consiga descobrir nas capitais do planeta uma prefeita como Micarla de Sousa — borboleta ao pé da letra, que em apenas dois anos de mandato trocou 32 secretários e transformou a antes bela e bem cuidada Natal numa página virada.

Vire-se do avesso, faça das tripas um coração, mergulhe no escuro da sua imaginação, e ainda assim eu aposto um doce de leite novinho como você não encontrará no interiorzão deste país nada que se pareça com Mossoró. Na "capital potiguar da cultura", a prefeita castiga o vernáculo, pensa que museus têm que estar em ruínas para merecerem o nome e elege o rei do cangaço como referência de bravura e de patriotismo. Chama-se Fafá, obviamente Rosado, e se alguém disser que é uma alcaidessa corre o risco de ser processado por calúnia e difamação.

É o Rio Grande do Norte, repito, terra de farsas e fraudes. E não só oficiais, registre-se. Afinal, por lá também há às pencas, em dúzias, na vida privada ao pé da letra, gente que diz o nome mas não mostra a identidade.

Uma farsa.

Uma fraude.

E durma-se com um barulho desse...

*Luis Faustos é jornalista e militou por muito tempo na imprensa local.

 Fonte: Revista Papangu nº  67

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