quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

TAXA DE JUROS


SOB NOVO COMANDO, BC DECIDE 

 ELEVAR JUROS PARA 11,25%


O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu nesta quarta-feira (19) elevar a taxa básica de juros (a Selic) para 11,25% ao ano. A decisão foi unânime.

Esta foi a primeira reunião do Copom sob o mandato da presidente Dilma Rousseff e com o BC sob o comando de Alexandre Tombini. O próximo encontro será no começo de março.

Com a decisão, já esperada pelo mercado, a taxa tem sua primeira elevação após três reuniões seguidas (1º de setembro, 20 de outubro e 8 de dezembro do ano passado) em que o Copom decidiu mantê-la. A Selic atingiu também seu maior nível desde abril de 2009.

A última alta havia sido em julho de 2010, quando a Selic passou de 10,25% para 10,75%, taxa que estava em vigência até esta quarta-feira.

"O Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 11,25% ao ano, sem viés, dando início a um processo de ajuste da taxa básica de juros, cujos efeitos, somados aos de ações macroprudenciais, contribuirão para que a inflação convirja para a trajetória de metas", afirmou o colegiado do BC no comunicado divulgado com a decisão.

A elevação dos juros é o principal método utilizado para o BC para perseguir o centro da meta de inflação, medida pelo índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é de 4,5% para este ano.

O mercado prevê que a inflação em 2011 será de 5,47%. No ano passado, a inflação foi de 5,91%, a maior registrada no país desde 2004.

Impacto na vida das pessoas

A Selic é a taxa básica de juros. Ela é usada como base, por exemplo, para os juros cobrados quando se parcela uma compra ou se pede dinheiro emprestado no banco.

Se os juros básicos aumentam, as lojas fazem o mesmo com o crediário. Os juros também são usados como política monetária pelo governo para conter a inflação.

Com juros altos, as prestações ficam mais caras e as pessoas compram menos, o que restringe o aumento dos preços. No caso de redução dos juros, o receio do governo é que haja muitas compras e as indústrias não consigam produzir o suficiente.

Quando isso acontece, há falta de produtos no mercado, e os que existem ficam mais caros - é a chamada lei da oferta e da procura.

Um aspecto positivo dos juros altos é que eles remuneram melhor as aplicações financeiras. Isso é bom para os investidores brasileiros e também para os estrangeiros que procuram o país.

Quando alguém investe em fundos ou títulos públicos, por exemplo, recebe um rendimento mensal maior se os juros estiverem mais altos.

Por outro lado, os juros altos prejudicam as empresas, que ficam mais receosas de tomar empréstimos para investir em expansão.

Por isso os empresários reclamam dos juros altos. Nesse cenário, também se torna mais difícil a criação de empregos.

O Copom foi instituído em junho de 1996 para estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros.


ENTENDA COMO OS JUROS SÃO 

USADOS PARA CONTROLAR 

A ECONOMIA

Uma economia aquecida em geral é bom para todos: há mais vendas para os empresários e mais empregos para os trabalhadores.
No entanto, se há muita procura de produtos, eles podem ficar escassos e passarem a custar mais caro, causando inflação.

O Brasil possui um sistema de metas para inflação que foi instituído em junho de 1999 pelo Banco Central (BC). O indicador considerado é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Para manter o nível de inflação esperado, o governo faz uso da política monetária, através da taxa básica de juros, a Selic.


Assim, caso o BC observe que a inflação corre o risco de superar a meta, a tendência é elevar os juros.


A taxa de juros foi o instrumento escolhido pelo governo, pois ela determina o nível de consumo do país, já que a taxa Selic é utilizada nas transações bancárias e, portanto, influencia os juros de todas as operações na economia.


A Selic é utilizada pelos bancos como um parâmetro. A partir dela, as instituições financeiras definem quanto vão cobrar por empréstimos às pessoas e às empresas.


Caso os juros do país estejam altos, o consumidor tende a comprar menos, porque a prestação de seu financiamento vai ser mais alta. Isso reflete na queda da inflação.


Segundo a lei da oferta e da procura, quanto maior a demanda por um determinado produto, mais elevado é o seu preço.


Do contrário, se uma mercadoria ou serviço não forem tão procurados, o preço tende a cair para atrair mais compradores.


A meta de inflação é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), um órgão do BC, em reuniões que ocorrem a cada 45 dias em Brasília.


Desse encontro participam o presidente do Banco Central e diretores de política monetária e econômica da instituição.

Os juros altos são benéficos para os investidores. Quem compra um título do governo, por exemplo, recebe mais se a taxa de juros estiver subindo.

No entanto, uma taxa alta prejudica a maioria da população, que paga crediários maiores, e os empresários, que encontram dificuldades para vender sua produção e expandir negócios, pois fica caro comprar máquina, por exemplo.

Fonte: http://economia.uol.com.br
Da Redação, em São Paulo

 

Qual o motivo da taxa de juro 

no Brasil ser tão alta ?


O que é taxa de juro?

A taxa de juro indica quanto se paga, percentualmente, para emprestar ou aplicar dinheiro. Essas taxas dependem das condições do mercado financeiro, sendo livremente contratadas entre as partes. Em casos específicos, como em alguns tipos de empréstimos imobiliários, essas taxas são tabeladas.

Como é formada a taxa de juro?

São muitas as variáveis que devem ser consideradas ao definir a taxa de juro de uma operação financeira. Cada tipo de operação tem características próprias, que implicam processos diferentes para a definição de custo.

Qual o motivo da taxa de juro no Brasil ser tão alta ?

As taxas de juros no Brasil são altas quando comparadas com outros países. Isso acontece principalmente por duas grandes razões:
  •  Primeiramente, porque o valor da taxa de juro básica que norteia o mercado financeiro, a taxa Selic, que depende dos objetivos da política monetária do governo e do comportamento dos grandes números da economia do País, é muito elevada.
  • A segunda grande razão é conseqüência do chamado spread bancário, que é a diferença entre a taxa de captação do dinheiro no mercado e a taxa aplicada nos empréstimos pelos bancos. A estipulação do spread é uma decisão de cada banco e também depende da combinação de vários fatores, tais como: a qualidade das garantias dos empréstimos, os impostos incidentes na operação, os custos de captação do dinheiro, as restrições cadastrais dos tomadores de empréstimos, a impontualidade nos pagamentos (inadimplência), os depósitos compulsórios que os bancos têm de fazer no Banco Central e a maior ou menor oferta de dinheiro no mercado financeiro, para citar apenas os fatores mais comuns.

Existe tabelamento nesta taxa?

As taxas de juros cobradas pelos bancos e outras instituições financeiras não são tabeladas ou controladas. Elas dependem das condições do mercado financeiro, sendo livremente contratadas entre as partes.

Se eu pagar antecipadamente um empréstimo, posso reduzir o valor do juro?

No pagamento antecipado, total ou parcial, de parcelas referentes a empréstimos de crédito pessoal e de crédito direto ao consumidor, o cliente tem direito à redução proporcional dos juros calculados, embutidos no saldo devedor. No pagamento antecipado de modalidades de operações financeiras, como capital de giro, leasing e outras, não cabe redução de valor porque os juros são calculados e cobrados sobre o saldo devedor, e não a cada prestação.

Fonte: http://objetivofinanceiro.com.br



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