quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

ECONOMIA INTERNACIONAL


 BANCO MUNDIAL PREVÊ PARA 2011 

DESACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO


O Banco Mundial previu nesta quarta-feira uma desaceleração do crescimento global em 2011, e advertiu para a possível repetição do ciclo inflacionário das matérias-primas registrado em 2008. A instituição informou que suas previsões de crescimento foram revisadas para baixo em relação há seis meses, de 3,9% a 3,3%.
 
O motor deste crescimento seguirá sendo as economias emergentes, que avançarão duas vezes mais rápido (6%) que os países ricos (2,4%). Segundo o Banco Mundial, este ritmo de crescimento não será suficiente: "lamentavelmente, estas taxas de crescimento têm poucas possibilidades de eliminar o desemprego e a subutilização dos recursos nas economias e nos setores econômicos mais afetados".
 
O banco se mostra particularmente preocupado com a alta dos preços das matérias-primas devido às políticas monetárias generosas nos países ricos e à demanda sólida nos países emergentes. "Ainda que os preços reais da alimentação na maioria dos países em desenvolvimento não tenham aumentado tanto (...), subiram muito em alguns países pobres".
 
"Se os preços internacionais continuarem aumentando, os problemas de poder de compra e suas repercussões sobre a pobreza poderão se agravar. Estamos muito preocupados com a alta dos preços da alimentação (...). Observamos certas semelhanças com a situação de 2008, justo antes da crise financeira", declarou em entrevista coletiva o diretor de previsões de desenvolvimento da instituição, Hans Timmer.


BANCO MUNDIAL: AMÉRICA LATINA 

PODE  PAGAR POR CRISE EUROPEIA


A América Latina pode pagar pela crise da dívida na zona euro, especialmente na Espanha, país que mantém fortes vínculos bancários e financeiros com a região, advertiu nesta quarta-feira o Banco Mundial. A política monetária na América Latina está sobrecarregada com a entrada em massa de capital estrangeiro, o que pode desequilibrar o robusto crescimento da região, de 5,7% em 2010, prevê a instituição.América Latina deverá crescer 4% em 2011, uma desaceleração em relação ao ano passado, acompanhando a queda no ritmo mundial, previsto para 3,3% em 2011, destaca o relatório. Segundo o banco, "a América Latina tem estreitos vínculos financeiros e comerciais com Espanha e Portugal, e poderá ser exposta a repercussões significativas se as condições nestes países se deteriorarem".


Caso os bancos de Espanha e Portugal sejam obrigados a reestruturar sua dívida ou buscar liquidez em suas filiais na América Latina, pode haver um endurecimento severo do crédito na região. O Banco Mundial destaca que 13% do volume de investimento estrangeiro direto recebido pela América Latina em 2010 procedeu da Espanha, e que os bancos espanhóis possuem 25% do mercado no México, Chile e Peru.


Além disso, 95% dos fluxos de capital privado e 78% da compra da dívida pública a curto prazo durante 2010 foram parar apenas em nove países: China, Brasil, Índia, Turquia, África do Sul, México, Indonésia, Tailândia e Malásia. Como consequência, a América Latina, que mostrou uma destacada reação à crise financeira em 2009 e 2010, está suportando altos desequilíbrios."Apesar dos esforços para controlar a expansão monetária com taxas de juros mais altas e controles administrativos (incluindo impostos sobre fluxos de capital a curto prazo), muitas moedas na região valorizaram abruptamente, o que prejudica a competitividade" de suas exportações, de acordo com o banco.O banco reconhece que a América Latina se beneficia, de todas as formas, do firme aumento dos preços das matérias-primas nos mercados internacionais, exceto pelo impacto do petróleo. Em 2011, o banco prevê um crescimento de 4,4% para o Brasil, de 3,6% para México, 4,7% na Argentina, 4,4% para Colômbia, 5,5% no Peru e de 5,8% para Chile. Já a Venezuela mostrará novamente os piores indicadores econômicos, com crescimento de 0,9%.

Fonte: http://not.economia.terra.com.br



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