ANTÔNIO CAMPOS E SILVA
Antônio Campos e Silva foi uma legenda da criatividade e da inteligência mossoroense, ou melhor dizendo, da norteriograndense, brasileira e mundial. Ninguém de sua geração sintetizou de forma tão clara os percalços, agruras e sucessos do que ele.O trágico acidente automobilístico, ocorrido na década de 70, na estrada de Mulunguzinho, meio caminho de Felipe Guerra, meio caminho de Apodi, ceifou um jovem idealista cujo maior objetivo era servir à ciência integralmente.
Sabendo da importância que Antônio Campos e Silva teve e ainda tem para todos que buscam de alguma forma enveredar pelos caminhos das pesquisas e descobertas, a Coleção Mossoroense, quando o mecenas ainda era vivo, trouxe a público nova edição das famosas cartas que o renomado geógrafo potiguar trocou com Vingt-un Rosado.
Durante 14 anos Antônio Campos e Silva expressou a Vingt-un sua sublime inteligência e sua amizade devotada, através de escritos que após sua morte foram compiladas em volume que hoje é de importância ímpar para àqueles que tiveram ou não o privilégio de conhecê-lo e que reconhecem o valor do seu trabalho e do seu legado.
Paleontólogo, arqueólogo, poeta, geógrafo, cientista físico-social, sábio de dimensões incalculáveis, Campos e Silva, em co-autoria com Vingt-un Rosado, é um dos responsáveis pela valiosa coletânea referente ao naturalista francês Louis Jacques Brunet, também merecedora de segunda edição na Coleção Mossoroense. O cientista francês que descobriu o pintor paraibano Pedro Américo teve em Campos e Silva um dos mais obstinado entusiasta, cujo trabalho resgata primorosamente vida e obra brunetianas.
Nome de avenida em Mossoró, situada oportunamente entre o Campus leste da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) e a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Antônio Campos e Silva, o jovem de Currais Novos, desprezado em outras plagas, mas valorizado na heróica cidade da resistência, sagrada terra de Santa Luzia, precisa ser lembrado pelas gerações futuras para que a sua memória e o seu legado se perpetuem como o brilho das estrelas que enfeitam as belas noites do sertão que ele tanto amou.
(*) José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor da UERN.
















































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