sexta-feira, 27 de agosto de 2010

QUEM ERA TERRORISTA? JOSÉ AGRIPINO OU DILMA?



À falta de outros argumentos e propostas, com um mínimo de consistência, os opositores reiteram a imagem de “terrorista” de Dilma. Quem era terrorista: a ditadura militar ou os que lutávamos contra ela? Dilma estava entre estes, o senador José Agripino (do DEM, ex-PFL, ex-Arena, partido da ditadura militar), entre os outros.

Por Emir Sader, em seu blog


O golpe militar de 1964, apoiado por toda a imprensa (com exceção da Última Hora, que recebeu todo o peso da repressão da ditadura), rompeu com a democracia, a destruiu em todos os rincões do Brasil, e instaurou um regime de terror – que depois se propagou por todo o cone sul do continente, seguindo seu “exemplo”.



Diante do fechamento de todo espaço possível de luta democrática, grandes contingentes de jovens passaram à clandestinidade, apelando para o direito de resistência contra as tiranias, direito e obrigação reconhecidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.



Enquanto nos alinhávamos do lado da luta de resistência democrática contra a ditadura, os proprietários das grandes empresas de comunicação — entre eles os Frias, os Marinhos, os Mesquitas —, os políticos que apoiavam a ditadura — agrupados na Arena, depois PFL, agora DEM, como, entre tantos outros, o senador José Agripino —, grandes empresários nacionais e estrangeiros, se situavam do lado da ditadura, do regime de terror, da tortura, dos seqüestros, dos fuzilamentos, das prisões arbitrárias, da liquidação da democracia.



Quem era terrorista? Os que lutavam contra a ditadura ou os que a apoiavam? Os que davam a vida pela democracia ou os que se enriqueciam à sombra da ditadura e da repressão? Os que apoiavam e financiavam a Oban ou aqueles que, detidos arbitrariamente, eram vitimas da tortura nas suas dependências, fuzilados, desaparecidos?


Quem era terrorista? José Agripino ou Dilma? Os militares que destruíram a democracia ou os que a defendiam? Quem usava a picanha elétrica, o pau-de-arara, contra pessoas amarradas, ou quem lutava, na clandestinidade, contra as forças repressivas? Quem era terrorista: Iara Iavelberg ou Sergio Fleury? Quem estava do lado da Iara ou quem estava do lado do Fleury? Dilma ou Agripino? Quem estava na resistência democrática ou quem, por ação ou por omissão, estava do lado da ditadura do terror?

Fonte: Portal Vermelho
Enviado por Antonio Capistrano

2 comentários :

Rui Nascimento disse...

Bem que o ora DEMocrata, honrado senador e ficha de água sanitária José Agripino poderia reeditar nas suas andanças pelo RN aquele discurso feito algum tempo atrás no Congresso, onde ele criticara a "terrorista" Dilma, por ter mentido sob tortura, veríamos então, se surtiria o efeito imaginado por ele àquela época.
Prefiro os terroristas de outrora aos falsos DEMocratas de hoje, ávidos que voltemos àquele tempo de profunda tirania que experimentou a sociedade brasileira.
De que lado estaria o nosso orgulhoso DEMocrata quando da instituição do AI-5? Seria ele, àquela época, um terrorista ou um “discípulo”, juntamente com outros tantos, daqueles que usurparam a democracia da forma mais cruel, covarde, brutal e violenta da história desse país? Um din-din de pitomba c/ recheio de juá pra quem adivinhar.

Anônimo disse...

Podemos aumentar esta discussão, principalmente quando falamos do tempo da ditadura e lembramos que, uma das pessoas beneficiadas naquele tempo foi a ex-governadora Wilma Maia, naquele tempo esposa do governador Lavoisier Maia, e que foi bastante atuante, inclusive apoiando Mário Andreazza e depois Paulo Maluf para presidente do Brasil, que disputava com o presidente eleito Tancredo Neves. Quando puxamos a história, e visualizamos a ditadura, encontramos muita gente boa brigando pela democracia, e muito lobo em pele de cordeiro também.