sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
A HORA É AGORA
Deveria
ser evidente que estamos diante da urgente necessidade de corrigir
distorções produzidas por um generoso pensamento mágico desatento às
restrições físicas do mundo, às identidades da contabilidade nacional e à
“regra de três”, que procurou a redistribuição continuada de bens que
não foram produzidos.
O desejado desenvolvimento econômico com inclusão tem como condição necessária e simultânea o aumento da produtividade do trabalhador.
Este, certamente, depende de uma miríade
de fatores. Empiricamente, os mais importantes são o capital físico, que
incorpora os avanços tecnológicos, e o conhecimento para bem utilizá-lo
de que se dota cada trabalhador.
O que isso impõe? Qualquer que seja o regime da organização social e da economia nela
inserida, ele tem de harmonizar a distribuição do que foi produzido
entre: 1. O que se destina à satisfação imediata de suas necessidades (o
consumo e o bem-estar da população). 2. O que se destina a aumentar a
quantidade e a qualidade do capital físico (máquinas, infraestrutura) operado pelo capital humano (educação, saúde).
A lei de Helmut Schmidt é incontornável: é
o investimento de hoje que produzirá o crescimento de amanhã e criará a
oportunidade de emprego de depois de amanhã.
A verdadeira tragédia social e econômica
dos países é um processo em que: 1. Insiste-se em acreditar no que,
empiricamente, é reconhecidamente falso. 2. Acredita-se que as mesmas
causas podem levar a efeitos diferentes. 3. Quando tudo já deu errado,
tenta-se novamente, como ingerido no recente documento do Partido dos
Trabalhadores.
Estamos hoje, o Brasil e o mundo,
numa situação delicada. Ambos perdemos tração, mas é evidente que o
efeito externo sobre o qual não temos controle é muito menor do que o
efeito interno que temos instrumentos para controlar. Os últimos
resultados da Pnad, divulgados no dia 15 último pelo IBGE, são
alarmantes.
- A taxa de desemprego atingiu 8,9% no terceiro trimestre de 2015, um aumento de 30% sobre o seu homólogo de 6,9% no triênio 2012-2014, em resposta a uma queda do PIB de 4,5% no mesmo período. Talvez tenha atingido 9,5% no quarto trimestre e será, pelo efeito estacional, ainda maior no primeiro trimestre de 2016.
O Brasil corre o risco de ter mais de 10 milhões de
desempregados em março deste ano. Não dá para esperar mais! É
fundamental incorporar o senso de urgência.
Nessum dorma... O “principismo” do Supremo Tribunal Federal colocou em estágio letárgico o processo de “impeachment”, sobre o qual, aliás, sempre tive sérias dúvidas.
A solução, portanto, é a presidente assumir o seu protagonismo e apresentar, na abertura do Congresso, projetos de mudanças constitucionais e medidas infraconstitucionais que devolvam à economia a perspectiva da sustentabilidade de longo prazo.
O governo não tem que se inibir. Deve “ir para a rua”, sofrer o “panelaço” que lhe cabe e “colocar nas cordas” a sua indigente, obesa e medíocre “base” política.
O desemprego é o maior mal que corrói qualquer sociedade. Cada vez que um indivíduo que pode e quer trabalhar não encontra emprego, sente-se excluído.
A situação é ainda mais grave quando o desemprego se prolonga e ele perde o “capital humano” incorporado no simples ato de trabalhar: vai-se com o tempo a sua expertise, superada pelo avanço tecnológico. No fim do dia, perdeu um pedaço da sua identidade e destruiu a sua família.
Uma das medidas estruturais para acomodar as flutuações do emprego ínsitas no capitalismo é autorizar a plena validade do entendimento direto entre comitês de fábrica e empresários sob a vigilância dos sindicatos, que têm muito a aprender.
O que se propõe não é a flexibilização tout court. É que trabalhadores e empresários, sentados a uma mesa com as informações relevantes e transparentes, possam discutir caso a caso, livre e concretamente, qual a melhor forma de obter uma distribuição mais “justa” dos ganhos e dos inconvenientes da flutuação da conjuntura, respeitados a segurança, a estabilidade e os direitos constitucionais de ambas as partes.
Por si mesmo, tal entendimento aumentará o bem-estar de todos e mitigará as próprias flutuações da conjuntura.
Fonte: CartaCapital
Por Delfim Netto
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Economia
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
NOVAS ALÍQUOTAS DO ICMS
SÃO APLICADAS A PARTIR
DESTA QUINTA (28)
Os empresários potiguares devem se
preparar para o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações
relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). A
partir desta quinta-feira, 28, as porcentagens passam a variar de 18% a
28%, enquanto atualmente o cálculo ainda é feito na faixa de 17% a 26%.
O diretor executivo da Rui Cadete
Consultores, Daniel Carvalho, detalha que a alíquota básica do imposto
terá reajuste de 1%, passando de 17% para 18%. Gasolina e álcool
combustível terão o tributo elevado de 25% para 27%, assim como bebidas
alcoólicas, fogos de artifício, perfumes e cosméticos, cigarros, fumo e
seus derivados.
O ICMS sobre os serviços de comunicação,
por sua vez, passará de 26% para 28% e terá receita estimada em R$ 28,4
milhões. Com os novos cálculos, o governo do Estado prevê incremento na
receita estimado em R$ 129,6 milhões na alíquota básica e R$ 60 milhões
na arrecadação de combustível.
“Os empresários precisam verificar junto
ao suporte do software como proceder a atualização de forma automática,
para emissão de notas e cupons fiscais com as novas alíquotas. Isso
porque a modificação no cadastro de produtos deve ser feita na virada do
dia 27 para o dia 28, sem que a informação gerada até o dia 27 seja
impactada”, orienta Daniel Carvalho.
Outras mudanças
O reajuste estadual é uma das mudanças
no ICMS estipuladas para 2016. Outras já estão em vigor desde o último
dia 1º, como a uniformização dos itens substitutos e a proporcionalidade
para recolhimento do tributo em operações interestaduais. A primeira
tem como principal novidade a tabela com Códigos Especificadores da
Substituição Tributária (CEST), criada pelo Convênio 92/15, que atribui
um código numérico de sete dígitos para identificar cada mercadoria
passível de sujeição à substituição tributária.
A proporcionalidade, por sua vez, diz
respeito às operações e prestações que destinem bens ou serviços a
consumidores de outros estados que não sejam contribuintes de ICMS –
sejam pessoas físicas ou jurídicas. “A partir do Convênio 93/15 e da
Emenda Constitucional 87/15, o imposto correspondente a essas vendas
ficará gradualmente com os estados de destino, não mais nos prestadores
do serviço”, esclarece Syoney Tavares, contador da Rui Cadete
Consultores.
A transição em 2016 será com 60% do
tributo para o estado de origem e 40% para o de destino. Em 2017, essas
porcentagens serão invertidas, e nos anos posteriores aumentarão para o
destino, até que este ficará com a totalidade do ICMS a partir de 2019.
Fonte: Portal no Ar
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Economia
RESTAURANTE POPULAR INSTALADO
NO CAMPUS CENTRAL JÁ
ESTÁ FUNCIONANDO
O Restaurante Popular instalado no Campus Central da UERN,
viabilizado através de parceria com a Secretaria de Estado do Trabalho,
Habitação e Assistência Social (SETHAS) e Governo do Estado, entrou em
operação nesta segunda-feira, 25 de janeiro.
Oferecendo refeições a preço popular – R$ 1,00 – o Restaurante
beneficia alunos, técnicos e professores da UERN; além disso, também
está aberto à comunidade externa. O horário de funcionamento é a partir
das 11h.
O Reitor em exercício, Aldo Gondim, destaca que o funcionamento do
Restaurante Popular, atualmente em fase experimental, inicia a
concretização de uma meta da gestão. “Na nossa carta-programa já
constava o desejo de dotar os Campi da UERN com restaurantes universitários. Esse restaurante popular no Campus Central oferecerá alimentação de qualidade a um baixo custo”, comemora Aldo Gondim.
Egressa do curso de Educação Física da UERN e atualmente aluna do
Mestrado em Saúde e Sociedade, a estudante Ísis Kelly já experimentou o
cardápio do Restaurante Popular e aprovou a novidade: “Antigamente eu
precisava ir para casa preparar o almoço, em seguida tinha que voltar
para o Campus. Agora facilitou minha rotina. Gostei da comida, do acesso, estrutura e do preço da refeição”, opina Ísis Kelly.
O Restaurante Popular do Campus Central da UERN servirá 650
refeições diárias. O coordenador do Programa Restaurante Popular, Paulo
Jordão, explica que nessa etapa inicial estão sendo feitos ajustes
necessários. Atualmente estão sendo servidas em torno de 200 refeições,
quando iniciarem as aulas, no dia 11 de fevereiro, o serviço já estará
em pleno funcionamento. “O cardápio é balanceado e elaborado por uma
nutricionista, é o mesmo servido em todas as unidades do Estado. O
objetivo é atender os alunos e servidores da UERN, além da comunidade
carente que reside nas proximidades. Esse restaurante é uma vitória
conjunta da SETHAS com a UERN, uma demanda que o Reitor Pedro Fernandes e
sua equipe pleiteavam há algum tempo”, afirmou Paulo Jordão,
ressaltando que posteriormente será agendada uma inauguração oficial.
A empresa responsável pela gestão do Restaurante Popular do Campus
Central é a Nutriti Refeições. “Agradecemos a SETHAS e ao Governo por
terem dado prioridade à UERN para a instalação desse equipamento”,
comenta o Pró-Reitor de Administração, Iata Anderson.
A Pró-Reitora de Recursos Humanos e Assuntos Estudantis, professora
Cicília Raquel, também destaca a parceria e afirma que o restaurante
facilita a permanência dos alunos na UERN: “Essa pauta do restaurante é
uma conquista importantíssima para a assistência estudantil. Destaco
ainda que essa parceria da UERN, SETHAS e Governo do Estado oportuniza
permanência dos nossos alunos/docentes/técnicos na Universidade além da
integração com a sociedade em geral”, conclui Cicília.
Fonte: Assessoria de Comunicação da UERN
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Economia
Indicadores e índices Econômicos - 28/01/2016
Fonte: Empresário Online
CÂMBIO E OURO
I-Dólar:
|
Comercial | |
DIA | Compra | Venda |
15/01
18/01 19/01 |
R$ 4,045 R$ 4,032 R$ 4,053 |
R$ 4,046 R$ 4,034 R$ 4,055 |
Fonte: UOL
II-Euro:
|
||
DIA | Compra | Venda |
15/01
18/01 19/01 |
R$ 4,423 R$ 4,397 R$ 4,430 |
R$ 4,426 R$ 4,400 R$ 4,435 |
Fonte: UOL
III-Ouro:
|
|
DIA | Compra |
15/01
18/01 19/01 |
R$ 142,50 R$ 142,50 R$ 141,00 |
Fonte: BOVESPA
REAJUSTE DE ALUGUEL E OUTROS CONTRATOS:
Fonte: Folha Online
a) Acumulado até novembro reajusta aluguéis e contratos a partir de dezembro, para pagamento em janeiro/16.
b) Acumulado até dezembro reajusta a partir de janeiro/16, para pagamento em fevereiro/16.
ÍNDICES | ACUMULADO % ATÉ NOVEMBRO/ 15 | |||
Trimestr | Quadrim | Semestr | Anual | |
FIPE
IGP-DI IGP-M INPC |
2,62 4,44 4,42 2,41 |
3,20 4,86 4,71 2,66 |
4,56 6,19 6,14 4,05 |
10,49 10,64 10,69 10,97 |
ACUMULADO % ATÉ DEZEMBRO/ 15 | ||||
Trimestr | Quadrim | Semestr | Anual | |
FIPE
IGP-DI IGP-M INPC |
2,78 3,43 3,95 2,81 |
3,46 4,90 4,93 3,33 |
4,93 5,94 5,95 4,19 |
11,07 10,70 10,54 11,28 |
a) Acumulado até novembro reajusta aluguéis e contratos a partir de dezembro, para pagamento em janeiro/16.
b) Acumulado até dezembro reajusta a partir de janeiro/16, para pagamento em fevereiro/16.
POUPANÇA/DIA – DEZEMBRO
Período |
Poupança (1)
|
Poupança (2)
|
29/12 a 29/01 30/12 a 30/01 31/12 a 31/01 01/01 a 01/02 02/01 a 02/02 03/01 a 03/02 04/01 a 04/02 05/01 a 05/02 06/01 a 06/02 07/01 a 07/02 08/01 a 08/02 09/01 a 09/02 10/01 a 10/02 11/01 a 11/02 12/01 a 12/02 13/01 a 13/02 14/01 a 14/02 |
0,6327%
0,6327% 0,6327% 0,6327% 0,6619% 0,6912% 0,7208% 0,7214% 0,7291% 0,6995% 0,6798% 0,6466% 0,6466% 0,6855% 0,6852% 0,6890% 0,6278% |
0,6327% 0,6327% 0,6327% 0,6619% 0,6912% 0,7208% 0,7214% 0,7291% 0,6995% 0,6798% 0,6466% 0,6466% 0,6855% 0,6852% 0,6890% 0,6278% |
(1) Depósitos até 03/05/12
(2) Depósitos a partir de 04/05/12 - MP nº 567, de 03/05/12
Rendimento da Caderneta de Poupança no último dia do período.
Fonte: Valor Econômico
(2) Depósitos a partir de 04/05/12 - MP nº 567, de 03/05/12
Rendimento da Caderneta de Poupança no último dia do período.
Fonte: Valor Econômico
INFLAÇÃO - FONTES DIVERSAS - REFERÊNCIA ATUALIZADA
DEZEMBRO/ 2015
Fonte: Folha Online, Valor Econômico, Ordem dos Economistas
ÍNDICES | abr/15 | mai/15 | jun/15 | jul/15 | ago/15 | |
INPC / IBGE (%)
IPCA / IBGE (%) IPCA Esp / IBGE (%) ICV / DIEESE (%) IPC / FIPE (%) ClasMéd/Ordem (%) IGP-DI / FGV (%) IPA -DI / FGV (%) IPC-DI / FGV (%) INCC-DI / FGV (%) IGP-M / FGV (%) IPA-M / FGV (%) IPC-M / FGV (%) INCC-M / FGV (%) CUB-Sinduscon (%) |
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) |
0,71 0,71 1,07 0,55 1,10 0,82 0,92 1,11 0,61 0,46 1,17 1,41 0,75 0,65 0,34 |
0,99 0,74 0,60 0,57 0,62 0,42 0,40 0,19 0,72 0,95 0,41 0,30 0,68 0,45 2,21 |
0,77 0,79 0,99 0,81 0,47 0,47 0,68 0,43 0,82 1,84 0,67 0,41 0,83 1,87 1,13 |
0,58 0,62 0,59 0,95 0,85 0,86 0,58 0,61 0,53 0,55 0,69 0,73 0,60 0,66 0,26 |
0,25 0,22 0,43 0,06 0,56 0,79 0,40 0,44 0,22 0,59 0,28 0,20 0,24 0,80 -0,04 |
set/15 | out/15 | nov/15 | dez/15 | 12meses | ||
INPC / IBGE (%)
IPCA / IBGE (%) IPCA Esp / IBGE (%) ICV / DIEESE (%) IPC / FIPE (%) ClasMéd/Ordem (%) IGP-DI / FGV (%) IPA -DI / FGV (%) IPC-DI / FGV (%) INCC-DI / FGV (%) IGP-M / FGV (%) IPA-M / FGV (%) IPC-M / FGV (%) INCC-M / FGV (%) CUB-Sinduscon (%) |
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) |
0,51 0,54 0,39 0,48 0,66 0,85 1,42 2,02 0,42 0,22 0,95 1,30 0,32 0,22 0,19 |
0,77 0,82 0,66 0,78 0,88 0,99 1,76 2,38 0,76 0,36 1,89 2,63 0,64 0,27 -0,02 |
1,11 1,01 0,85 1,02 1,06 0,92 1,19 1,41 1,00 0,34 1,52 1,93 0,90 0,40 0,02 |
0,90 0,96 1,18 0,77 0,82 0,66 0,44 0,33 0,88 0,10 0,49 0,39 0,92 0,12 0,18 |
11,28 10,67 10,71 11,46 11,07 10,43 10,70 11,31 10,53 7,48 10,54 11,20 10,24 7,22 4,79 |
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Indicadores
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
FOLHA DE JANEIRO DO FUNCIONALISMO
ESTADUAL SERÁ PAGA DIAS 4
E 5 DE FEVEREIRO
O
pagamento do funcionalismo estadual referente ao mês de janeiro será realizado
nos dias 4 e 5 de fevereiro. Os servidores aposentados e pensionistas terão os
vencimentos depositados dia 4, enquanto que o salário dos ativos será creditado
no dia seguinte. O pagamento dos servidores nos primeiros dias do mês
subsequente, conforme previsto em lei, garante o salário integral de todo o
funcionalismo.
A medida
foi necessária em virtude da crise econômica que afeta o país, especialmente os
estados mais dependentes das transferências da União.
De acordo
com a Secretaria de Estado do Planejamento e das Finanças, o Rio Grande do
Norte sentiu o impacto da queda acentuada dos repasses federais, em especial
royalties, Fundo de Participação dos Estados (FPE) e ICMS. As frustrações nas
receitas chegaram a R$ 613 milhões em comparação ao orçamento previsto para o
exercício de 2015. Somente de royaties o Governo deixou de receber 45,38% dos
recursos previstos no ano passado. No FPE a frustração real chegou a 7,39% e
continua em 2016 com previsão negativa já anunciada de 15,7% a menos do que o
valor transferido pela União em janeiro do ano passado. “É importante ressaltar
que em janeiro de 2015 o FPE já foi menor do que no mesmo mês de 2014. No
comparativo entre 2015 e 2014, a queda na Receita Líquida do Tesouro chegou a
7,2%”, explica o secretário de Estado do Planejamento e das Finanças, Gustavo
Nogueira.
O déficit
previdenciário também tem provocado impacto na folha do funcionalismo. Em 2015,
a folha de aposentados e pensionistas cresceu 20% em relação a 2014 e o déficit
subiu 16,6% no mesmo período. O déficit na Previdência é hoje o principal
obstáculo ao equilíbrio fiscal do Estado. Sem os recursos do Fundo Financeiro a
partir de 2016, as novas datas de pagamento viabilizarão o pagamento integral e
em dia de todo o funcionalismo.
O titular da SEPLAN reforça o momento difícil na
economia e as consequências para o Estado. E pontua ações do Governo voltadas
para amenizar o quadro. “O Rio Grande do Norte não é uma ilha isolada do
restante do país, mas o Governo tem redobrado todos os esforços para construir
alternativas que amenizem os efeitos da crise, a exemplo da redução do imposto
sobre o querosene de aviação, que provocou um novo boom no turismo do Estado, e
do projeto de reordenamento de taxas aprovado pela Assembleia Legislativa no
final do ano passado, que garantirá mais R$ 220 milhões ao tesouro estadual de
fevereiro até dezembro”, disse.
Fonte: Portal no Ar
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Economia
HORA DE ACEITAR QUE O
CAPITALISMO NÃO DEU CERTO
Esse é um texto escrito por um cara que sempre foi um capitalista.
Desde
que eu comecei a formar minha visão de mundo, eu fui influenciado pelas
maravilhas do mundo capitalista. Eu era daqueles que achava incrível a
meritocracia, que achava que eram as grandes corporações que promoviam a
evolução da sociedade, que precisávamos do livre mercado.
Nas
aulas de história eu secretamente comemorei a vitória dos Aliados sobre
o Eixo, mesmo sendo de origem japonesa. Eu queria que conseguíssemos
criar um Estados Unidos da América aqui no Brasil.
Ou
seja, eu tenho todos os motivos para ter vergonha de mim mesmo hoje.
Mas não tenho. Tudo isso foi preciso para eu compor minha visão de mundo
e compreensão da vida.
Quando eu começo a criticar o sistema, algumas pessoas dizem. “Mas o socialismo não deu certo”
E é aí que eu digo que o Capitalismo também não.
Me
desculpem, mas um sistema que leva ao esgotamento dos recursos naturais
e desconexão com a natureza, à vidas infelizes com empregos de merda, à
desigualdade de oportunidades e padronização de uma vida mecanizada e
valorização das pessoas erradas não pode ser consierado um sistema que
deu certo.
Vou explorar aqui alguns pontos.
1- Esgotamento dos recursos
Não
temos mais reservas minerais. Estamos destruindo a Floresta Amazônica,
criando um mundo cinza, feito de pedra. Poluimos nossos rios, lotamos de
fumaça nosso ar e estamos destruindo a camada de ozônio.
A nossa agricultura é monocultura e detona o solo.
Ou seja, criamos uma sociedade que vive no asfalto, respira fumaça, come alimento com veneno e bebe água suja.
Legal né?
2- Desconexão com a natureza
Hoje em dia ninguém sabe mais como se planta um tomate.
Achamos
que as frutas vem do supermercado. Daquela seção pequena no canto da
loja e com umas plaquinhas coloridas. Algumas até já vem cortadinhas e
embaladas.
Ao
invés de ensinarmos como se cultiva alimentos, ensinamos nas escolas
como se passa no vestibular. Afinal, precisamos de pessoas com diplomas e
que consigam bons empregos.
3- A condição bizarra que alçamos a economia.
Outro dia eu vi um documentário uma observação interessante.
Antigamente as pessoas temiam os deuses e a natureza. Hoje o homem teme a economia.
Você vê pessoas amendrontadas com o que pode acontecer com a economia esse ano, com o que isso vai causar no mercado.
Mas
veja bem. A Economia não existe. Não é um ser vivo. O homem criou a
economia. Nós mesmos criamos um monstro que nos amedronta e controla
nossas vidas.
Ninguém
se preocupa se está chovendo o suficiente, se o clima está mudando e
afetando as plantações. Mas falamos todo dia sobre a cotação do dólar.
Faz sentido isso?
4- Uma sociedade de escravos do sistema
Quantas
pessoas você conhece que gostariam de fazer algo diferente das suas
vidas, mas não fazem porque tem que pagar as contas no final do mês?
Já
escrevi sobre isso algumas vezes. Temos um sistema que não permite as
pessoas serem quem elas são. Elas vendem suas vidas por um salário no
final do mês.
Eu
não culpo essas pessoas. Elas não têm culpa de nada. Cada um tem seu
motivo, necessidades, estrutura, filhos, saúde. É muita coisa pra pagar
no final do mês. Eu entendo.
O erro está no modelo que criamos.
5- Meritocracia não é um modelo justo
Quem merece mais que o outro? Você deve responder que é o cara que se esforçou e se dedicou mais, certo?
Mas o que está por trás dessa dedicação?
Talvez
eu e você estejamos competindo pela mesma promoção. Eu trabalhei 12
horas por dia e você “apenas” 8. Então a lógica é que a vaga seja minha.
Mas
eu não tenho filhos, não tenho dívidas, não sou casado e nem tenho
familiares doentes. Você tem 2 filhos pequenos, uma esposa sem emprego,
dívidas que você herdou e um pai doente e que necessita de cuidados.
Faz sentido essa meritocracia?
6- Uma sociedade que não valoriza a arte
É
mais importante ser produtivo que ser criativo. Uma pessoa que sabe
vender é mais util que uma que sabe criar. Alguém que obedece as regras
consegue mais oportunidades que alguém que tem o pensamento disruptivo.
Quem é bom de matemática ganha mais dinheiro que quem pinta, esculpe ou compõe.
Como resultado disso temos músicos virando analistas, artistas plásticos virando assistentes e escritores virando advogados.
Quantas incríveis obras de arte não matamos antes de nascer? Possivelmente fizemos um aborto das canções mais lindas do mundo.
7- Nunca é suficiente
As empresas querem crescimento todo ano. Você já viu uma empresa estabelecer a meta de reduzir 15% do faturamento?
Como é possível crescer todo ano? Como é possível sempre vender mais?
Aqui
entra uma falta de compreensão da natureza. Talvez aulas de
permacultura ao invés de macroeconomia ajudaria os economistas e
administradores a entenderem melhor isso.
Ficamos ansiosos. Sempre temos metas a bater, temos que vender mais. Tem inflação e seu dinheiro nunca é suficiente.
E assim vivemos sempre com a cabeça no futuro e temos uma dificuldade impressionante de viver no agora.
8- Vida sem equilíbrio
Comemos
mal porque não temos tempo de nos alimentar bem. Não fazemos exercício
porque não sobram muitas horas durante a semana. Não nos conectamos com a
natureza porque moramos em cima do asfalto e não tem verde no
escritório. Não meditamos porque não podemos nos dar o luxo de ficar 5
minutos com os olhos fechados. Nossos colegas de trabalho nos criticam
se a gente dorme até um pouco mais tarde um dia. Somos mal vistos se
queremos tirar férias para viajar e curtir a família.
É sério isso gente?
Se
você acha que tudo isso é assim mesmo e vivemos um sistema espetacular,
então feche essa janela e comemore a incrível vida que você tem.
Mas se você, como eu, está mudando de ideia sobre o sucesso do capitalismo, compartilhe essa mensagem.
Eu
não tenho a resposta para o que funcionaria melhor. Certamente não é o
socialismo que já se tentou implementar. Mas não é uma coisa ou outra.
Acho que temos a possibilidade de criar um novo sistema.
Temos
que aproveitar esse descontentamento e começar a explorar novas
possibilidades. Não lendo e tentando replicar o que já foi escrito, mas
de dentro pra fora. Fazendo aquilo que faz sentido dentro do seu
coração. Experimentando a vida de uma nova forma. Errando, recalibrando,
recalculando e tentando mais uma vez.
Eu acho que isso faz um pouco mais de sentido que esse sistema insano que criamos.
Por: Gustavo Tanaka
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