CAMEAM: FALTA DE MUROS EXPÕE
ESTUDANTES E DOCENTES A
ASSALTOS E VIOLÊNCIA
O Campus
Avançado Maria Elisa de Albuquerque Maia (CAMEAM) em Pau dos Ferros, é,
sem sobra de dúvidas, um dos pólos mais importantes de formação
acadêmica no interior do estado. Contando hoje com nove cursos de
graduação, quatro programas de mestrado e um doutorado, a unidade é
destaque no que diz respeito à qualidade de ensino.
Infelizmente
a falta de segurança no CAMEAM e de condições de trabalho e ensino tem
chamado cada vez mais a atenção de toda a sociedade. Apesar de seus 40
anos de instalação da UERN em Pau dos Ferros, a universidade ainda não
possui um muro ou uma simples cerca que proteja suas instalações para
dificultar a ação de criminosos ou, melhor que isso, pudesse trazer
segurança e tranquilidade já que a violência tem, cada vez mais,
amedrontado professores, técnicos e estudantes.
O
representante da ADUERN em Pau dos Ferros, Professor Jaílson José dos
Santos, comenta que os assaltos e crimes não são novidade para a
comunidade acadêmica. Ele explica que a falta de um muro delimitando o
espaço da universidade permite que qualquer pessoa transite pelo campus.
O Prof. Jaílson também afirma que até os carros estacionados em frente à
instituição já foram alvo de arrombamentos além de abordagens a alunas
por criminosos, nas imediações da quadra de esporte do Campus.
A
estudante Ana Larice, do Curso de Pedagogia, relembra que a falta de
muros ou cercas no CAMEAM faz com que qualquer pessoa tenha acesso à
UERN, o que também faz com que as estudantes convivam com uma rotina de
medo e insegurança.
“Eu tenho
medo de assaltos e até de violências piores. Infelizmente já estamos nos
habituando a ver pessoas estranhas à universidade transitando pelos
banheiros e corredores da faculdade. Nós, que somos mulheres, nos
sentimos ainda mais desprotegidas.” – destacou Ana Larice.
Jaílson
relembra uma inusitada particularidade que mostra o quanto o CAMEAM vive
exposto. “É habitual que caminhoneiros que transitam pela BR 405, em
frente ao Campus, parem por aqui e entrem em nossas instalações para
usar os banheiros ou o telefone público. Eles não veem muros ou cercas e
pensam que a universidade é um espaço de parada para os que viajam por
Pau dos Ferros. Os alunos e até vigilantes ficam assustados por não
conhecerem as figuras, temendo que possam ser assaltantes.” – afirma.
Número de vigilantes no Campus é menor do que o solicitado por comunidade acadêmica
Além
da inexistência de muros circundando o Campus de Pau dos Ferros, outra
fragilidade se destaca negativamente. O Professor Jailson Santos afirma
que apesar da grande extensão territorial, o CAMEAM possui hoje apenas
quatro seguranças por turno, que realizam a proteção de cada uma das
laterais da universidade. Para ele, o numero é insuficiente e
potencializa a entrada de desconhecidos no campus que podem praticar
delitos e conseguem fugir impunes.
De acordo
com professores e estudantes, antes do processo de terceirização dos
servidores contratados o número de vigilantes era maior, o que garantia
mais segurança ao Campus. Os docentes apontam uma nítida precarização
nas condições de trabalho dos servidores, que recentemente sofreram com
vários meses de atraso em seus pagamentos.
O diretor
do CAMEAM, Professor Gilton Sampaio, também denuncia a falta de
segurança que assola a instituição. Ele afirma que a administração do
Campus já apresentou todo um projeto de proteção do prédio à Reitoria e
até ao Governo do Estado, mas que ainda não houve nenhum movimento para
que ele saísse do papel. A direção do Campus já tentou adquirir uma
emenda parlamentar específica para a construção do muro, mas não
conseguiu êxito, até agora.
“Estamos
ao lado de uma rodovia federal e mesmo assim não temos passarelas nem
faixas de pedestres para os alunos, que ao atravessarem a via encontram
um campus totalmente aberto em todo o seu perímetro. Já apresentamos
todo um projeto de construção do muro ao redor do CAMEAM, inclusive esse
projeto foi elaborado gratuitamente por um arquiteto e engenheiro da
cidade, mas ele permanece engavetado pela administração da
universidade.” – explicou o diretor.
Fonte: Assessoria de Imprensa da ADUERN
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