ATRASO DO NOVO TRANSPORTE
URBANO REFORÇA FALTA
DE PLANEJAMENTO
O “novo” transporte público de Mossoró não entrou em operação na data
prometida pelo prefeito Silveira Júnior (PSD), 10 de junho. Trata-se de
mais uma falha da Prefeitura de Mossoró que reforça a falta de
planejamento da gestão municipal.
O “novo” transporte público se junta ao Santuário de Santa Luzia, ao
Hospital Municipal, ao Residencial Jardim das Orquídeas, à
municipalização do Estádio Nogueirão e investimento no esporte, entre
outras promessas ainda distantes de serem concretizadas pelo prefeito.
O contrato emergencial para o “novo” transporte público de Mossoró foi
assinado em 30 de abril e tem prazo de 180 dias, de 4 de abril a 31 de
outubro deste ano, conforme publicação no Jornal Oficial do Município
(JOM). Destes 180 dias previstos no período do contrato, 69 se passaram
na data de hoje sem que um único ônibus tenha circulado na cidade.
Apesar de ter feito muita propaganda sobre o “novo” transporte público,
a Prefeitura de Mossoró não emitiu nenhuma nota explicando as razões
que impediram o “novo” transporte de entrar em operação.
O “novo” transporte público é mais um de vários tropeços
administrativos da gestão de Silveira Júnior. Ele também não conseguiu
cumprir a promessa de iniciar as obras do Jardim das Orquídeas para
erradicar a favela do Wilson Rosado em 11 de abril passado. Exatamente
hoje, fazem dois meses que o prazo prometido pelo prefeito expirou. E
também não há previsão para que a obra comece. A reportagem do JORNAL DE
FATO perguntou, pelo WhattsApp, ao secretário municipal de
Infraestrutura e Habitação, José Couto Filho, quando a obra iniciaria,
mas ele não respondeu, apesar de ter passado outras informações.
A gestão de Silveira não tem pecado apenas pelo não cumprimento de
prazos, mas também por promessas mirabolantes e contar coisas que não
existem.
O Santuário de Santa Luzia, por exemplo, não passou de fantasia. A
pedra fundamental foi lançada sem qualquer planejamento para a
construção de uma obra que exigi a aplicação de milhões de reais. O
Hospital Municipal também não passou de “euforia”, como define o
vereador Genivan Vale (Pros). “O prefeito é jovem, empolgado, mas tem
que evitar a euforia”, pediu o parlamentar durante a sessão desta
quarta-feira (10) da Câmara Municipal.
O secretário municipal de Planejamento, Josivan Barbosa, já descartou
veemente qualquer possibilidade desses projetos se tornarem realidade em
curto prazo.
A municipalização do Estádio Nogueirão se limitou ao papel. O estádio
(e seus problemas) continua sendo mantido com recursos da Liga
Desportiva Mossoroense (LDM), ou melhor, com dinheiro do presidente da
entidade, Francisco Braz.
O Município não planejou e diz não ter recursos sequer para a
realização de um simples campeonato de futebol amador realizado há 18
anos. Com isso, o Circuito Mossoroense de Futebol Amador está ameaçado
de extinção.
A realidade do esporte contradiz o discurso de Silveira na época da
reforma administrativa em que foi criada a Secretaria de Esportes. A
justificativa era que a pasta passaria a ter orçamento próprio e o
esporte seria fomentado. O tempo mostrou que não.
Nem mesmo uma proposta construída dentro das secretarias municipais foi
cumprida com os servidores da saúde, o que deflagrou a greve em
andamento.
Genivan Vale alertou que Silveira continua querendo vender ilusões. Ele
criticou a inclusão da construção de um condomínio industrial no
Projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) que estava em
discussão na Câmara Municipal nesta quarta-feira. “O prefeito fala em
atrair 100 empresas, mas temos a Porcelanatti, que custou muito caro
para a população, fechada. Vamos capacitar e formalizar os camelôs que
vamos gerar muitos empregos. Distrito é fantasia”, criticou o
parlamentar.
Fonte: Jornal De Fato
Por Magnos Alves
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