A CAUSA DA PERDA DO RITMO DA
ECONOMIA VEM DE LONGE
A perda de ritmo da economia brasileira a partir de 2011 é um fenômeno
que surpreendeu os analistas e ainda hoje representa um debate em
aberto. Não se sabe ao certo se a causa da desaceleração deriva de
fatores ligados à conjuntura internacional, à situação interna ou a uma
combinação das duas. É muito provável que esta última alternativa seja a
correta, o que desloca a interrogação para quais seriam os fatores
domésticos que de fato pesaram na redução da nossa taxa de crescimento
(já que há mais consenso sobre as causas externas, ligadas ao fim do
superciclo das commodities). A compreensão sobre as reais causas
internas é importante não apenas como exercício de história econômica,
mas, principalmente, para nos ajudar a entender que ajustes seriam
necessários para que a economia brasileira voltasse a crescer a taxas
satisfatórias.
Com as grandes dificuldades econômicas, políticas e sociais enfrentadas pela presidente Dilma Rousseff neste início do seu segundo mandato, vem ganhando força a interpretação de que parte significativa da perda de ritmo da economia brasileira teve origem em erros cometidos ao longo dos últimos anos. Segundo essa visão, a chamada “nova matriz econômica” – termo cunhado por membros da equipe econômica da presidente no começo de seu primeiro mandato – provocou danos significativos à eficiência alocativa da economia, acentuando de forma desnecessária a desaceleração cíclica de origem externa.
Com as grandes dificuldades econômicas, políticas e sociais enfrentadas pela presidente Dilma Rousseff neste início do seu segundo mandato, vem ganhando força a interpretação de que parte significativa da perda de ritmo da economia brasileira teve origem em erros cometidos ao longo dos últimos anos. Segundo essa visão, a chamada “nova matriz econômica” – termo cunhado por membros da equipe econômica da presidente no começo de seu primeiro mandato – provocou danos significativos à eficiência alocativa da economia, acentuando de forma desnecessária a desaceleração cíclica de origem externa.
Fonte: Conjuntura Econômica
Por Luiz Guilherme Schymura - Doutor em economia pela FGV/EPGE
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