REVISÃO DE ROTA
Sete anos depois da criação do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC), e dois do programa de concessões para o setor logístico, os
avanços da infraestrutura brasileira estão aquém do esperado. Dados da
consultoria InterB apontam que o investimento em infraestrutura cresceu
pouco no país, levemente acima dos 2% do PIB, quando era preciso chegar a
pelo menos 4%. Esse baixo crescimento será um dos temas de debate do
Seminário Infraestrutura e Construção Pesada no Brasil, que a revista
Conjuntura Econômica, da FGV/IBRE, promoverá dia 30 de setembro, no Rio
de Janeiro. “Temos instrumentos, mas ainda pecamos na execução”, resume
Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia do Sindicato da Construção
de São Paulo (SindusCon). “E precisamos de um ambiente saudável para
tomar decisões de investimento mesmo frente a um crescimento menor da
economia”, diz.
O maior reflexo desse quadro é o desempenho da construção civil, que deverá encerrar o ano com uma queda significativa da atividade. Estimativa do Boletim Macro do IBRE de agosto é de uma contração de 5,1%, que poderá chegar a 8% caso os índices de confiança do setor não demonstrem reação significativa até o final do ano. “Se confirmadas às projeções do Boletim, na média do período 2012/14, o PIB da construção cairá 0,7% ao ano, depois de um crescimento médio anual de quase 5% entre 2005 e 2011”, destaca Armando Castelar, coordenador de Economia Aplicada da FGV/IBRE.
Levantamento do economista Carlos Campos, técnico do Ipea, exemplifica a baixa eficiência ainda presente na aplicação dos recursos públicos federais, expressada através de diferença entre as dotações autorizadas para investimento no orçamento fiscal e das empresas estatais e o efetivamente executado. “Entre 2003 e 2013 o país deixou de executar R$ 70,2 bilhões de recursos autorizados no setor de transportes. Levando em conta a média de gasto no quadriênio 2010/13, de R$ 15 bilhões nos quatro modais, esse montante cobriria 4,7 anos de investimentos”, informa.
Se até agora nenhuma iniciativa se mostrou suficiente para elevar o investimento público em infraestrutura, quando se trata de recursos, a previsão é de que nos próximos anos que assumir o governo terá uma margem fiscal ainda menor para fazê-lo. No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2015, PAC e Minha Casa Minha Vida somados contam com recursos de R$ 64,98 bilhões, um aumento nominal de 2,7% em relação a 2013, que poderá ser facilmente engolido pela inflação. Para Rodolpho Tourinho Neto, presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção (Sinicon), um dos principais desafios será o aumento do financiamento para os projetos. “Os mais de R$ 200 bilhões estimados no Programa de Investimento em Logística (PIL) servem para recuperar o passado. Mas ainda temos que fazer o presente o futuro”, afirma.
O fio da meada, segundo os economistas, é combater o que chamam de risco político-regulatório, que nubla o horizonte dos investimentos. “Na hora em que isso for feito se poderá abrir dos créditos subsidiados do BNDES, melhorando a situação fiscal e gerando um círculo virtuoso”, diz Castelar. Isso, segundo Frischtak, acompanhado de “uma política econômica crível”, para resgatar o potencial de crescimento da economia, o espaço fiscal e o ânimo do investidor.
O maior reflexo desse quadro é o desempenho da construção civil, que deverá encerrar o ano com uma queda significativa da atividade. Estimativa do Boletim Macro do IBRE de agosto é de uma contração de 5,1%, que poderá chegar a 8% caso os índices de confiança do setor não demonstrem reação significativa até o final do ano. “Se confirmadas às projeções do Boletim, na média do período 2012/14, o PIB da construção cairá 0,7% ao ano, depois de um crescimento médio anual de quase 5% entre 2005 e 2011”, destaca Armando Castelar, coordenador de Economia Aplicada da FGV/IBRE.
Levantamento do economista Carlos Campos, técnico do Ipea, exemplifica a baixa eficiência ainda presente na aplicação dos recursos públicos federais, expressada através de diferença entre as dotações autorizadas para investimento no orçamento fiscal e das empresas estatais e o efetivamente executado. “Entre 2003 e 2013 o país deixou de executar R$ 70,2 bilhões de recursos autorizados no setor de transportes. Levando em conta a média de gasto no quadriênio 2010/13, de R$ 15 bilhões nos quatro modais, esse montante cobriria 4,7 anos de investimentos”, informa.
Se até agora nenhuma iniciativa se mostrou suficiente para elevar o investimento público em infraestrutura, quando se trata de recursos, a previsão é de que nos próximos anos que assumir o governo terá uma margem fiscal ainda menor para fazê-lo. No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2015, PAC e Minha Casa Minha Vida somados contam com recursos de R$ 64,98 bilhões, um aumento nominal de 2,7% em relação a 2013, que poderá ser facilmente engolido pela inflação. Para Rodolpho Tourinho Neto, presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção (Sinicon), um dos principais desafios será o aumento do financiamento para os projetos. “Os mais de R$ 200 bilhões estimados no Programa de Investimento em Logística (PIL) servem para recuperar o passado. Mas ainda temos que fazer o presente o futuro”, afirma.
O fio da meada, segundo os economistas, é combater o que chamam de risco político-regulatório, que nubla o horizonte dos investimentos. “Na hora em que isso for feito se poderá abrir dos créditos subsidiados do BNDES, melhorando a situação fiscal e gerando um círculo virtuoso”, diz Castelar. Isso, segundo Frischtak, acompanhado de “uma política econômica crível”, para resgatar o potencial de crescimento da economia, o espaço fiscal e o ânimo do investidor.
Fonte: FGV - IBRE
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