domingo, 14 de setembro de 2014

PEPEU LISBOA: "ROBINSON  NÃO TEM 

EQUILÍBRIO EMOCIONAL E PROPOSTAS"


Para o prefeito de Passa e Fica, Pepeu Lisboa (PMDB), Robinson Faria, candidato do PSD, não tem condições para ser governador do Rio Grande do Norte. Pepeu vê em Robinson falta de equilíbrio emocional e propostas para convencer o eleitor. A opinião de Pepeu seria apenas mais uma entre tantas, não fosse ele um dos mais antigos aliados de Robinson e um dos que mais conhecem a trajetória e as ideias do candidato do PSD.

Pepeu Lisboa e Robinson Faria se conhecem desde a década de 1970 e foram aliados de 1992 a 2010. São 18 anos de parceria no campo político, desfeita há quatro anos. Segundo o prefeito de Passa e Fica, Robinson não tem os predicados necessários para se tornar governador. “Falta a Robinson o equilíbrio emocional, algo que vem se mostrando nessa campanha de ataques que ele vem fazendo.

“Além disso, Robinson não tem proposta. O que nós vemos no programa dele é algo muito matemático, ensaiadinho, apenas para a eleição”, aponta Pepeu Lisboa.

Outro ponto que descredencia o vice-governador de Rosalba, na opinião do prefeito de Passa e Fica, é o recente apego ao Partido dos Trabalhadores.

Robinson, em decorrência de ter viabilizado sua candidatura junto ao PT para compor a chapa majoritária, tem desfilado “um petismo doente”, nas palavras de Pepeu. Contudo, para quem acompanhou toda a trajetória do vice-governador, a adesão não faz sentido. “Eu nunca vi Robinson defender o PT em tantos anos de convivência. Esse amor pelo PT que ele tem agora é algo muito superficial, eleitoral mesmo”, questiona o prefeito.

Essa junção entre Robinson e o PT, para Pepeu, é o chamado “acordinho”, em contraposição ao “acordão” que o candidato do PSD usa para atacar o seu adversário, Henrique Alves. “Robinson fez o acordinho, que foi essa junção artificial, sem espontaneidade”, critica. Uma aliança que, na opinião de Pepeu só existe porque o acordo com o PMDB não foi possível. “Robinson está querendo ser governador agora porque não foi possível acomodá-lo na chapa do PMDB da forma como ele queria. Apenas por isso”, complementa.

A atitude é condizente, de acordo com Pepeu Gomes, com a história política do vice-governador de Rosalba. “Robinson fez parte da base de Geraldo Melo, apoiou Lavoisier Maia, e mudou pra José Agripino quando Agripino ganhou a eleição. Ficou meio que na oposição durante Garibaldi, mas apoiou logo Wilma quando ela ganhou pra governadora”, relembra Pepeu.

Além disso, em toda a história de Robinson Faria, apesar de ele ter sido presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, não há grandes projetos nem grandes obras conseguidas para a sua região, o Agreste. “Robinson diz que é do Agreste, mas ele não nasceu na região. Hoje nem mesmo família ele tem lá. E obras de grande repercussão, de impacto, não têm lá feitas com o trabalho dele. O que tem é coisa pontual”, complementa.

“Robinson nunca levou obra importante ao Agreste”

Robinson Faria, enquanto deputado estadual, nunca levou nenhuma obra ou projeto de impacto para o Agreste. Essa é a opinião do prefeito de Serrinha, Fabiano de Souza (PMDB), que é presidente da Associação dos Municípios do Litoral e Agreste Potiguar (Amlap). “Faltam obras estruturantes ao trabalho de Robinson pelo Agreste. Ele nunca fez nada de realmente estruturante para mudar a situação da região, que hoje tem as mesmas dificuldades na parte da produção que vem tendo há muitos anos”, explica Fabiano.

A região do Agreste do Rio Grande do Norte tem como principais fontes de renda a monocultura da cana-de-açúcar, a pecuária e o cultivo da mandioca. A tríade vem sendo o que sustenta parte da região há muitos anos e não houve até hoje nenhum projeto apresentado para diversificar a fonte de renda da população do Agreste. Esse é o trabalho que faltou ao vice-governador, segundo Fabiano de Souza.

“O distrito industrial de Monte Alegre, por exemplo, que só saiu agora, era algo que poderia ter sido encampado por um deputado do Agreste. E nesse caso pelo menos não houve nenhum empenho da parte do vice-governador”, diz o prefeito de Serrinha. Uma das bandeiras usadas por Robinson Faria em sua campanha é justamente a atração de indústrias e o crescimento econômico do Estado. “Difícil acreditar quando a pessoa não fez nem pela terra dele”, aponta Fabiano de Souza.

O prefeito dá ainda outros exemplos. “A barragem de Bujari em Nova Cruz é algo que a comunidade precisa bastante, há tempos, e não houve empenho de Robinson. Estamos fazendo também um esforço conjunto pra conseguir resolver o problema da destinação dos resíduos sólidos na região, e também no litoral. Todos esses são problemas que a região sempre teve”, lista.

Fonte: Jornal de Hoje

Nenhum comentário :