O AUMENTO DA DESIGUALDADE
VEIO PARA FICAR, DIZ OCDE
PARIS, 2 Jul (Reuters) - A desigualdade econômica
observada nos últimos anos só tende a piorar nas próximas décadas, à
medida que trabalhadores altamente qualificados obtenham ganhos maiores
com os avanços tecnológicos, disse a Organização para a Cooperação e o
Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta quarta-feira.
Os governos
precisam investir mais na educação e construir sistemas fiscais mais
progressivos, observou entidade sediada em Paris, no último de uma série
de relatórios sobre a evolução econômica no longo prazo.
O
debate sobre a desigualdade ficou mais aquecido depois do sucesso de "O
Capital no Século XXI", best-seller do economista francês Thomas
Piketty. Seu trabalho mostra que a diferença de riqueza entre os ricos e
o restante da população está retornando aos níveis vistos pela última
vez antes da Primeira Guerra Mundial.
Ao longo das duas décadas
que antecederam a crise financeira, os salários mais altos nos países da
OCDE cresceram em média 0,6 por cento por ano mais rápido do que os de
renda mais baixa, disse a entidade, que reúne 34 nações.
Se nada
for feito, a desigualdade vai continuar crescendo nessa taxa ao longo
dos próximos 50 anos, embora se espere que os ganhos reais subam em
todas as camadas de renda.
Nesse ritmo, a desigualdade média
entre os rendimentos brutos os países da OCDE chegará em 2060 ao níveo
dos Estados Unidos, país cuja diferença de renda é uma das maiores do
grupo.
Depois de Israel, os Estados Unidos continuariam a ser o
país com maior desigualdade de rendimentos, de acordo com projeções da
OCDE.
Fonte: UOL Economia
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