SÓ A PAIXÃO E O RESPEITO
PODEM SALVAR O VASCO
No domingo, o time sai atrás. Leva 2 a 0 em seis minutos. Corre atrás
e, com a entrada do velho ídolo – ah um dia ainda vou entender as
opções de nossos professores – consegue o empate. Um mísero ponto que
não tira o time do rebaixamento. no Brasileiro. E a torcida aplaude. E
canta.
Na quinta-feira, o time sai na frente. Faz dois gols em 15
minutos. Aí, permite a reação. Leva um gol em passe do gordinho mais
cult do campeonato, faz mais um gol, anulado, permite o empate em um gol
de lateral e faz o terceiro. Não basta. Falta um. O time corre, corre
e…nada. Está eliminado na Copa do Braisl. E a torcida canta. E aplaude.
Canta
por que? Aplaude quem? São perguntas que um cético faria. Que um cínico
replicaria. Aplaudir um empate em momento crucial? Cantar por uma
vitória que nada vale?
O que tem essa torcida vascaína?
Paixão.
Tem paixão por seu time. É o que tem de maior o Vasco nesses dias
medíocres de Roberto Dinamite que sucedem os dias sombrias do
Inominável. É uma torcida de futebol. Uma torcida de um gigante. Não
existe nada de racional. A gente poderia dizer que a torcida está junto
porque sabe que é a única esperança de salvação de seu time. Poderia,
mas não é verdade. É um raciocínio muito lógico e estamos falando de
futebol, baby.
A torcida grita e canta por paixão.
Os
jogadores precisam saber que são amados. Precisam respeitar a camisa que
vestem. Precisam saber o que significa esse time. Se eu fosse dirigente
de um time grande, obrigaria os jogadores a terem aulas sobre o clube
que defendem. Outro dia, no intervalo contra o Criciúma, um jogador do
Vasco disse que “talvez a gente consiga um empatezinho”. Não dá, né. Não
sabe que time está defendendo. Não sabe a torcida que tem.
Se
Pato soubesse quem foi Geraldão, quem foi Casagrande, quem foi Basílio,
se soubesse o tipo de jogador que o seu (?)Corinthians ama, bateria um
pênalti como aquele? Bem, o Pato nunca deve ter ouvido falar nem do
Dida.
O Vasco sai para enfrentar a Ponte e depois recebe o
Coritiba e Santos. São três jogos que podem definir o seu futuro no
campeonato, pois em seguida haverá Grêmio fora e Corintihians fora. Se
os resultados foram ruins nos três primeiros, será muito difícil reagir,
mesmo depois tendo em seguida Cruzeiro e Náutico em casa, para encerar
contra o Furacão, lá em Curitiba.
Não tem mais o que fazer. É
ganhar pelo menos sete pontos nos três próximos jogos. Está na hora de
abandonar essa corrida de hamster, que anda, anda e não sai de lugar. Se
respeitar sua torcida, que o ama, se respeitar seu clube, que lhe paga
salários, os jogadores do Vasco podem salvar seu time de uma vergonha.
Ou melhor, podem salvar sua carreira da mancha de terem causado uma vergonha tão grande a um gigante como o Vasco.
Fonte: Blog do Menon
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