OBERY, O CARA
A Tribuna do Norte de domingo, 27, publicou uma longa, longuíssima entrevista com o secretário de planejamento do Estado, Obery Rodrigues. Está em quatro páginas da edição, incluindo a capa. Nem o presidente Roosevelt quando esteve em Natal para o encontro con Getúlio Vargas, voltando de Casablanca, no Marrocos, onde se reuniu com Churchill, mereceu tanto destaque. Nas páginas de A República, o principal jornal da cidade, não. Detalhe: Obery ocupa 73,5% (usando o mesmo sistema de medição das obras da Arena das Dunas) do espaço da capa da velha e brava TN.
O que tanto disse o secretário de planejamento da governadora Rosalba Ciarlini? Nada de novo nem de especial. O mesmo script mossoroense de acusações ao governo anterior que seria o responsável pelos descalabros financeiros do atual e agravados pelos gastos excessivos dos dois Poderes. Na cabeça de Obery, o Estado tem apenas dois poderes: o Legislativo e o Judiciário. O Executivo, do qual ele faz parte, derna de muito tempo, não aparece no quadro sinistro que se descortina do Centro Administrativo. O chicote do secretário estala mais forte no lombo do Judiciário, acrescido do Ministério Público. Logo na chamada de capa, está o secretário acusando: “Os Poderes (Tribunal de Justiça e Ministério Público) contribuem decisivamente com a crise do Estado”.
Ainda na capa (quase toda a primeira página da TN, incluindo a foto do secretário tapando com uma das mãos o olho direito, e o esquerdo olhando firme na direção de Tibau), tem um desafio de Obery ao Ministério Público: “Esperamos que o MPE venha a público e diga onde é que tem dinheiro escondido”. A longa entrevista (imagino o sacrifício da repórter Maria da Guia Dantas) é tão extensa quanto é a BR -304 (incluindo a Reta Tabajara) que liga Parnamirim a Mossoró. Na altura do Pico do Cabugi, após passar por Angicos, o secretário afirma meio professoral: “Há grandes fatores que impactaram na despesa com pessoal. Um deles foi o aumento dado ao magistério, que decorreu de uma decisão do Supremo com relação à legalidade do piso”.
E antes de chegar em Mossoró, ainda pelos arredores daqueles assentamentos rurais que nada produzem, Obery Rodrigues, de rebenque levantado na direção da garupa larga dos dois poderes, volta a atacar: “A despesa com os Poderes está chegando a 20%. Está competindo com a Educação. A despesa com os poderes tem sido maior que a da Saúde onde estamos aplicando 18%. Isso tem que ser explicado à população do Rio Grande do Norte.”
Diante desse quadro, o mestre Gaspar poderia arriscar a pergunta: dos cinco, Legislativo, Judiciário, Saúde, Educação e Planejamento, qual menos funciona no Rio Grande do Norte?
Fonte: Tribuna do Norte
Por Woden Madruga na Tribuna do Norte
A Tribuna do Norte de domingo, 27,
publicou uma longa, longuíssima entrevista com o secretário de
planejamento do Estado, Obery Rodrigues. Está em quatro páginas da
edição, incluindo a capa. Nem o presidente Roosevelt quando esteve em
Natal para o encontro con Getúlio Vargas, voltando de Casablanca, no
Marrocos, onde se reuniu com Churchill, mereceu tanto destaque.
Nas páginas de A República, o principal
jornal da cidade, não. Detalhe: Obery ocupa 73,5% (usando o mesmo
sistema de medição das obras da Arena das Dunas) do espaço da capa da
velha e brava TN.
O que tanto disse o secretário de
planejamento da governadora Rosalba Ciarlini? Nada de novo nem de
especial. O mesmo script mossoroense de acusações ao governo anterior
que seria o responsável pelos descalabros financeiros do atual e
agravados pelos gastos excessivos dos dois Poderes. Na cabeça de Obery, o
Estado tem apenas dois poderes: o Legislativo e o Judiciário.
O Executivo, do qual ele faz parte,
derna de muito tempo, não aparece no quadro sinistro que se descortina
do Centro Administrativo. O chicote do secretário estala mais forte no
lombo do Judiciário, acrescido do Ministério Público. Logo na chamada de
capa, está o secretário acusando: “Os Poderes (Tribunal de Justiça e
Ministério Público) contribuem decisivamente com a crise do Estado”.
Ainda na capa (quase toda a primeira
página da TN, incluindo a foto do secretário tapando com uma das mãos o
olho direito, e o esquerdo olhando firme na direção de Tibau), tem um
desafio de Obery ao Ministério Público: “Esperamos que o MPE venha a
público e diga onde é que tem dinheiro escondido”. A longa entrevista
(imagino o sacrifício da repórter Maria da Guia Dantas) é tão extensa
quanto é a BR -304 (incluindo a Reta Tabajara) que liga Parnamirim a
Mossoró.
Na altura do Pico do Cabugi, após passar
por Angicos, o secretário afirma meio professoral: “Há grandes fatores
que impactaram na despesa com pessoal. Um deles foi o aumento dado ao
magistério, que decorreu de uma decisão do Supremo com relação à
legalidade do piso”.
E antes de chegar em Mossoró, ainda
pelos arredores daqueles assentamentos rurais que nada produzem, Obery
Rodrigues, de rebenque levantado na direção da garupa larga dos dois
poderes, volta a atacar: “A despesa com os Poderes está chegando a 20%.
Está competindo com a Educação. A despesa com os poderes tem sido maior
que a da Saúde onde estamos aplicando 18%. Isso tem que ser explicado à
população do Rio Grande do Norte.”
Diante desse quadro, o mestre Gaspar
poderia arriscar a pergunta: dos cinco, Legislativo, Judiciário, Saúde,
Educação e Planejamento, qual menos funciona no Rio Grande do Norte?
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A
Tribuna do Norte de domingo, 27, publicou uma longa, longuíssima
entrevista com o secretário de planejamento do Estado, Obery Rodrigues.
Está em quatro páginas da edição, incluindo a capa. Nem o presidente
Roosevelt quando esteve em Natal para o encontro con Getúlio Vargas,
voltando de Casablanca, no Marrocos, onde se reuniu com Churchill,
mereceu tanto destaque.
Nas páginas de A República, o principal
jornal da cidade, não. Detalhe: Obery ocupa 73,5% (usando o mesmo
sistema de medição das obras da Arena das Dunas) do espaço da capa da
velha e brava TN.
O que tanto disse o secretário de
planejamento da governadora Rosalba Ciarlini? Nada de novo nem de
especial. O mesmo script mossoroense de acusações ao governo anterior
que seria o responsável pelos descalabros financeiros do atual e
agravados pelos gastos excessivos dos dois Poderes. Na cabeça de Obery, o
Estado tem apenas dois poderes: o Legislativo e o Judiciário.
O Executivo, do qual ele faz parte,
derna de muito tempo, não aparece no quadro sinistro que se descortina
do Centro Administrativo. O chicote do secretário estala mais forte no
lombo do Judiciário, acrescido do Ministério Público. Logo na chamada de
capa, está o secretário acusando: “Os Poderes (Tribunal de Justiça e
Ministério Público) contribuem decisivamente com a crise do Estado”.
Ainda na capa (quase toda a primeira
página da TN, incluindo a foto do secretário tapando com uma das mãos o
olho direito, e o esquerdo olhando firme na direção de Tibau), tem um
desafio de Obery ao Ministério Público: “Esperamos que o MPE venha a
público e diga onde é que tem dinheiro escondido”. A longa entrevista
(imagino o sacrifício da repórter Maria da Guia Dantas) é tão extensa
quanto é a BR -304 (incluindo a Reta Tabajara) que liga Parnamirim a
Mossoró.
Na altura do Pico do Cabugi, após passar
por Angicos, o secretário afirma meio professoral: “Há grandes fatores
que impactaram na despesa com pessoal. Um deles foi o aumento dado ao
magistério, que decorreu de uma decisão do Supremo com relação à
legalidade do piso”.
E antes de chegar em Mossoró, ainda
pelos arredores daqueles assentamentos rurais que nada produzem, Obery
Rodrigues, de rebenque levantado na direção da garupa larga dos dois
poderes, volta a atacar: “A despesa com os Poderes está chegando a 20%.
Está competindo com a Educação. A despesa com os poderes tem sido maior
que a da Saúde onde estamos aplicando 18%. Isso tem que ser explicado à
população do Rio Grande do Norte.”
Diante desse quadro, o mestre Gaspar
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