RETOSPECTIVA 2012
ECONOMIA
A crise da economia mundial foi mais acentuada neste ano, com
abalos profundos na Zona do Euro. O Brasil, que no começo do
ano parecia blindado e protegido dos efeitos da tensão do bloco
ecnômico, logo percebeu que em mundo há muito globalizado, um espirro no
Norte pode desencadear uma gripe no Sul, e viu suas previsoões de um
PIB de 4% para o ano não parece nada realista - previsões atuais
indicam que o PIB não deva chegar nem à metade disso.
Com incentivos do governo como a a redução do IPI (Imposto sobre
Produtos Industrializados) para carros, móveis e bens de linha branca, e
a desoneração na folha de pagamento de funcionários, o varejo
foi largamento beneficado, estendendo benefícios também aos demais
setores da economia, e o setor produtivo não está reclamando.
Novos projetos de infraestrutura e corte nos custos de energia,
resultados que vamos sentir apenas no futuro, foram iniciativas que
podem trazer resultados a longo prazo efetivamente sustentáveis, afirma
alguns economistas.
Algumas importantes iniciativas que impactaram a economia brasileira em 2012:
Em agosto, o governo anunciou um pacote
na tentativa de solucionar os gargalos da logística brasileira de R$
133 bilhões.Um dos objetivos principais do Programa
de Investimentos em Logística é aumentar a escala dos investimentos
públicos e privados no sistema de transportes, através de parcerias para
ampliar a infraestrutura do país.
Em setembro, o governo decidiu adotar medidas para diminuir a conta de energia elétrica
dos consumidores comuns. A decisão, porém, encontrou resistência por
parte das estatais de São Paulo (Cesp), Minas Gerais (Cemig) e Paraná
(Copel).Com isso, a redução prometida de 20,2% na conta de luz deve se
tornar, na prática, um corte de 16,7%.
No fim de outubro a presidente Dilma Rousseff decidiu prorrogar as alíquotas
menores do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A medida,
anunciada em 21 de maio, com validade até o fim de agosto, foi estendida
até 31 de outubro e, em seguida, até 31 de dezembro.Há menos de 15 dias para o fim do ano, a medida foi novamente prorogada, valendo agora até junho de 2013.
Na último mês do ano, o governo anunciou também investimentos de R$
54,2 bilhões até 2017, para o setor portuário. A medida contempla ainda
novas concessões, a centralização do planejamento dos portos na
Secretaria de Portos, a criação de uma Comissão Nacional de Praticagem e
aportes em dragagem e nas estruturas portuárias.
No mesmo mês, o Ministro da Fazendo, Guida Mantega, anunciou um pacote
de medidas para estimular o setor da construção civil, entre eles a
desoneração da folha de pagamentos. Com a desoneração da folha, o setor
pagará uma contribuição de 2% sobre o seu faturamento em troca dos 20%
do pagamento da contribuição das empresas para o Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS).
Fonte: Business Review Brasil
Por Simone Talarico
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