quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

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 UFERSA DEBATE IMPORTÂNCIA DO REUSO DA ÁGUA


O uso racional da água centralizou as discussões na manhã desta terça-feira, 18, durante a reunião do Workshop Bioágua Familiar, promovido pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Fundação Guimarães Duque, Assessoria, Consultoria e Capacitação Técnica Orientada Sustentável (ATOS) e Projeto Dom Helder Câmara do Ministério do Desenvolvimento Agrário (PDHC-MDA). Ao abrir o Workshop, o reitor da UFERSA, professor Arimatea de Matos frisou sobre a importância da reutilização da água. “Sabemos que 70% do consumo de água é destinado a agricultura”, frisou, salientando a importância de práticas voltada para o reuso.

Para o reitor, a importância do workshop é trazer essa discussão com as novas técnicas voltadas para o reaproveitamento desse recurso hídrico. “O reuso da água na agricultura é uma prática que precisa de otimizada”, colocou. Há quatro anos a UFERSA trabalha em parceira o Projeto Dom Helder Câmara, do Ministério do Desenvolvimento, para a adoção dessa prática na região do semiárido.

“Esse Workshop tem a sua importância ao incentivar a utilização da água de forma racional, transferindo para a sociedade, não apenas a responsabilidade, mas também alternativas para o bom uso da água”, frisou o pró-reitor de extensão e cultura, o professor Luiz Augusto Cordeiro. O presidente da Fundação Guimarães Duque, o professor Rodrigo Sérgio, ressaltou a importância do Projeto Dom Helder Câmara. “São tecnologias valiosas para o homem do campo que mostram resultados positivos com o reuso da água”, complementou o professor, Rodrigo Sérgio.


O Projeto Dom Helder Câmara trabalha com tecnologias sustentáveis voltadas para a preservação do meio ambiente e a produção de alimentos. “O Bioágua é um projeto voltado para o combate à miséria e, consequentemente, para a melhoria da qualidade de vida”, informou Fábio Santos, coordenador técnico do Projeto Dom Helder Câmara.

O Bioágua é desenvolvido no Rio Grande do Norte, em parceria com a Ong Atos, nas regiões do Seridó, Sertão Central, Alto Oeste e Mato Grande. “O Bioágua Familiar beneficia centenas de famílias da agricultura de todo a região nordeste”, ressaltou Robson Luiz Gurgel.


Durante o Workshop foram apresentados os principais problemas e soluções para a região do semiárido nordestino. Para o coordenador técnico do Projeto Dom Helder Câmara, Fábio Santos, as discussões perpassam pelas dimensões sociais, ambientais, culturais e tecnológicas. “A retira do bioma caatinga é o ponto mais crítico”, frisou, mostrando a preocupação da vegetação caatinga ser utilizada para a produção de carvão, colocou. Para Fábio Santos a alternativa está na utilização de tecnologias voltadas para a convivência com o semiárido.

A contribuição da UFERSA é monitorar a qualidade da água, do solo e das hortaliças produzidas com o reuso da água cinza. “Diante dos resultados sugerimos adequações ao projeto”, informou a professora Solange Dombroski, representante da UFERSA no Projeto Bioágua Familiar. Segundo a professora, antes a irrigação era feita por microaspersão, gotejamento e manual, mas estudos indicaram que a irrigação mais correta seria apenas por gotejamento.

Fonte: Assessoria de Comunicação da UFERSA
Jornalista Passos Júnior

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