quarta-feira, 26 de maio de 2010

CUSTO BRASIL: PRODUTOS NACIONAIS CUSTAM 36,3% A MAIS QUE OS AMERICANOS.


Rogério Marinho alerta para processo de desindustrialização do Brasil


O deputado federal Rogério Marinho (PSDB/RN) chamou atenção nesta terça-feira (25/05) para o Custo Brasil - conjunto de fatores que oneram a competitividade da industria nacional. O cálculo é do encarecimento de 36,3% no preço de nossos produtos em relação, por exemplo, aos fabricados nos Estados Unidos.


A conta é inédita e foi elaborada pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Foram levados em conta oito fatores para compor o valor de mais de 36%: impacto dos juros sobre o capital de giro, preços de insumos básicos, impostos não recuperáveis na cadeia produtiva, encargos sociais e trabalhistas, logística, burocracia e custos de regulamentação, custos de investimento e custos de energia.


“Estamos reafirmando a velha política de um País exportador de produtos primários e semimanufaturados e importador de produtos de valor agregado e de tecnologia avançada. Efeito que acompanha a história econômica brasileira há muito”, afirmou o parlamentar.


O resultado de toda esta política econômica é uma espécie de desindustrialização do País. A participação do setor de serviços, hoje, supera 65% no PIB. Houve nos últimos 20 anos redução da indústria no valor adicionado e recuo próximo a 5% no total de empregos gerados no período de 1990 – 2007.


Reformas Necessárias


Reforma Tributária, Reforma da Previdência, Reforma Trabalhista e Reforma Educacional são as saídas apontadas pelo líder tucano no RN para um crescimento econômico sustentável.


Em Educação, a reforma deverá abarcar todos os níveis de ensino. Segundo um levantamento realizado por pesquisadores do Ipea em 2009, apenas 1,9% dos 26 mil doutores brasileiros, atualmente empregados, está na indústria, enquanto 66% permaneciam na universidade e outros 18% no setor público.


“Com 66% dos doutores permanecendo nas universidades o que se tem é a máquina pública do ensino superior priorizando a formação dos seus próprios quadros e concentrando o investimento público. O resultado é a falta de oferta de cérebros para os setores que demandam criatividade, ousadia e espírito empreendedor, tudo que motiva, fortalece e transforma recursos em riquezas”, concluiu Marinho.

Rogério Marinho Assessoria

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