quinta-feira, 29 de agosto de 2013

 BC ELEVA TAXA BÁSICA DE JUROS 

PELA 4ª VEZ SEGUIDA, A 9% AO ANO 


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira por aumentar a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual para 9% ao ano. Foi a quarta alta consecutiva na taxa, que serve de referência para os contratos de empréstimo no País. Com a taxa básica mais alta, as instituições financeiras tendem a cobrar mais pelos empréstimos dos clientes, o que reduz a atividade econômica e freia a demanda - maior causa de inflação.
 
O Banco Central iniciou o processo de alta em abril desse ano, mesmo com a economia brasileira não apresentando sinais de aquecimento. As principais justificativas do BC para o aperto monetário foram as metas de inflação - no Brasil a meta é de 4,5% ao ano, com tolerância de até dois pontos a mais ou a menos. Desde o começo de 2013 a inflação acumulada em 12 meses encostou no teto tolerado da meta, que é de 6,5%

.Na decisão desta quarta, o Copom emitiu um comunicado dizendo que "avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano".

Segundo o boletim Focus - pesquisa do BC junto a instituições financeiras que atuam no Brasil - o mercado espera por mais uma alta na taxa básica até o final do ano, fazendo com que a meta fique em 9,5%.

Empréstimos mais caros

Com a alta da Selic, a tendência é que as instituições financeiras também elevem os juros praticados para o consumidor final. De acordo com a Associação Nacional dos Executivos em Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a taxa cobrada para financiamento de veículos, por exemplo, deve subir para uma média de 21,27% ao ano (contra os 20,70% atuais).

Os juros do cheque especial devem saltar dos atuais 145,46% ao ano, em média, para 146,55% ao ano. A taxa do cartão de crédito sobe de 192,94% ao ano para 194,23% ao ano, de acordo com a Anefac.

Fonte: Portal Terra 


O QUE É TAXA SELIC?

A taxa Selic é o principal instrumento do BC para manter a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dentro da meta estabelecida pela equipe econômica. 

De acordo com o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação corresponde a 4,5% (centro da meta), com margem de tolerância de dois pontos percentuais, podendo variar entre 2,5% (piso da meta) e 6,5% (teto da meta).

A taxa Selic é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), a taxa Selic serve como referência para as demais taxas de juros da economia. 

Ao reajustá-la, o Banco Central contém o excesso de demanda, que se reflete no aumento de preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. 

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.



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