quarta-feira, 22 de maio de 2013

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BRASILEIRO NÃO SABE INVESTIR 

ALÉM DA POUPANÇA, DIZ PROFESSOR



Não está nada fácil a vida do investidor. Inflação alta, juros baixos, Bolsa caindo... está difícil encontrar um investimento que remunere bem e garanta a tranquilidade de quem quer poupar seu dinheiro. A solução é colocar o dinheiro no colchão?

Claro que não. A inflação adora um dinheirinho parado para acabar com ele bem rápido. A verdade é que a trajetória de queda dos juros acabou com a facilidade de o investidor obter um bom retorno para seu investimento aplicando em poupança ou fundos DI, por exemplo, que exigem quase nada de trabalho.

O problema é que muita gente ainda não sabe investir além da poupança. "A verdade é que a grande maioria dos brasileiros não tem condições nem conhecimento financeiro para ficar ganhando dinheiro com operações complexas como compra e venda diária de ações", diz o professor de mercado financeiro Alcides Leite.

Agora, para obter um retorno um pouco melhor, um ganho real (ou seja, um ganho em que a inflação já foi descontada), os investidores terão de se arriscar mais.

Para saber onde investir o seu dinheiro agora, o UOL ouviu quatro especialistas em finanças pessoais. Os fundos imobiliários estão em alta nas indicações, bem como os títulos do Tesouro Direto indexados à inflação e produtos de renda fixa com taxa de administração mais baixa.

A própria caderneta de poupança mantém seu lugar cativo. E para quem aceita correr mais riscos, Bolsa e fundos multimercado também apareceram nas indicações.

 MAIORIA NÃO TEM CONHECIMENTO
 PARA IR ALÉM DA POUPANÇA

A queda dos juros no Brasil acabou com a facilidade de o investidor obter um bom retorno para seu investimento. Agora, para ganhar um pouco mais, os investidores terão de se arriscar mais.

Para saber onde investir o seu dinheiro agora, o UOL ouviu quatro especialistas em finanças pessoais. Veja abaixo o que diz Alcides Leite, professor de Mercado Financeiro da Trevisan Escola de Negócios:

"A verdade é que a grande maioria dos brasileiros não tem condições nem conhecimento financeiro para ficar ganhando dinheiro na margem diária (o especialista refere-se aos investidores que fazem operações de day-trade, que, por exemplo, vendem e compram ações várias vezes ao dia e lucram com estas operações). 

Essa não é a realidade da maioria. A maioria tem poucos recursos e conhecimento, e por isso eu ainda aconselho a poupança. Por quê? Porque não tem Imposto de Renda, não tem taxa de administração, é fácil, todo mundo pode ter. Aconselho para quem tem até uns R$ 50 mil.

Outra boa opção são os títulos do Tesouro Direto indexados à inflação (NTN-B). Gosto muito do Tesouro Direto por ter baixo custo de administração.

Já a Bolsa é um setor financeiro mais dependente do mercado internacional, por isso tem sofrido mais. A Europa ainda está muito ruim, mas os Estados Unidos estão começando a crescer e o dólar também, o que tende a equilibrar as contas externas brasileiras.

Daqui para a frente, acredito que a tendência é de os juros aumentarem e a inflação diminuir, o que deve melhorar um pouco a vida do investidor.

Agora os brasileiros estão começando a vivenciar o que o mundo inteiro já está acostumado: investidores com dificuldades imensas para garantir ganhos mínimos. Isso cria oportunidades para desenvolver novos investimentos como os fundos imobiliários, que agora estão começando a ter mais destaque. Mas o Brasil ainda tem muito poucos produtos financeiros: há que se criar muito mais. E a hora é agora."

 AÇÕES E FUNDOS IMOBILIÁRIO 
PODEM SER BOAS APOSTAS

A queda dos juros no Brasil acabou com a facilidade de o investidor obter um bom retorno para seu investimento. Agora, para ganhar um pouco mais, os investidores terão de se arriscar mais.

Para saber onde investir o seu dinheiro agora, o UOL ouviu quatro especialistas em finanças pessoais. Veja abaixo o que diz Clodoir Vieira, economista, analista independente e consultor da Corretora Souza Barros:
 

"Qual investimento está atraente agora? Se a pessoa conhece os riscos de investir em ações, eu optaria por empresas do setor educacional e varejo, mercados que estão aquecidos.

Fora de ações, eu gosto dos fundos imobiliários que têm tido um bom rendimento. Mas o investidor tem que ter em mente que deve se preocupar com o retorno do fundo e não com a oscilação da cota.

Se o fundo promete um retorno de 10%, é aí que o investidor deve se concentrar, pois é um investimento de mais longo prazo –uns dois anos no mínimo. É como se o investidor comprasse um imóvel e o alugasse.

Papéis do Tesouro Direto que são indexados à inflação também são uma boa opção para o momento."

 PARA GANHAR DINHEIRO, VAI SER 
PRECISO SE INTERESSAR POR ECONOMIA

A queda dos juros no Brasil acabou com a facilidade de o investidor obter um bom retorno para seu investimento. Agora, para ganhar um pouco mais, os investidores terão de se arriscar mais.

Para saber onde investir o seu dinheiro agora, o UOL ouviu quatro especialistas em finanças pessoais. Veja abaixo o que diz Denise Estrella, economista e planejadora financeira pelo IBCPF (Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros):

"Quando eu trabalho com o cliente levo em conta três aspectos: a rentabilidade, que geralmente é o que cliente procura; a liquidez [que é a facilidade de transformar o investimento em dinheiro] e a segurança. É muito difícil que a gente consiga o tempo todo as três coisas.

No trabalho de planejamento financeiro procuro colocar a maior parte do dinheiro em algo que tenha muita liquidez ainda que se abra mão da rentabilidade, já que ninguém está isento de passar por uma emergência na vida.

Por isso, a caderneta de poupança é interessante porque é um produto isento de Imposto de Renda e que oferece liquidez diária. Para os clientes que ainda têm dinheiro na caderneta com regras antigas, recomendo não mexer no produto.

Fundos DI com taxa de administração abaixo de 0,7% ao ano também podem valer a pena. Quanto menor a taxa de administração, melhor.

Um CDB pode ser interessante à medida que pague o mais próximo possível de 100% do CDI. Essa taxa, porém, só é paga para quem tem bastante dinheiro ou, para quem tem menos dinheiro, em bancos menores, com mais risco. Mas esse investimento é coberto pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

A verdade é que o investidor está sendo empurrado para o mundo do risco. Se quiser uma rentabilidade maior, terá de experimentar fundos multimercado ou de ações, que podem render mais, mas também têm muito mais risco, ou conhecer novos produtos como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), em que o dinheiro fica parado por mais tempo para que possa render o prometido.

As pessoas vão ter que se interessar mais pela economia para poder ter rentabilidade."

 CONCENTRAR APLICAÇÕES PODE 
TRAZER DESCONTOS E MAIS RENDA

Para saber onde investir o seu dinheiro agora, o UOL ouviu quatro especialistas em finanças pessoais. Veja abaixo o que diz Luiz Roberto Calado, economista e vice-presidente do Ibef (Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças):
 

"A poupança está rendendo pouco depois que as regras mudaram. Por isso, os investidores têm que procurar produtos novos e mais gente está investindo em fundos.
 

Nesse quesito, há muitas opções. Um setor que evoluiu muito foi o dos fundos imobiliários, que agora concentra mais de 100 opções. 
É um segmento interessante, pois abriga muita gente que gosta de ter a segurança de investir em imóveis, mas que não tem o dinheiro necessário para comprar o imóvel em si.
 

O fundo permite comprar um pedaço do imóvel. E a novidade é que agora já existem fundos que aplicam em fundos imobiliários. Ou seja, eu não preciso mais escolher o fundo que investe no shopping ou o fundo que investe em escritórios comerciais. Eu posso investir num fundo que investe em fundos imobiliários e faz essa seleção para mim.
 

A vantagem do fundo do investimento imobiliário para pessoa física é que sobre este investimento não incide Imposto de Renda sobre os rendimentos de aluguel, desde que o fundo cumpra algumas condições que quase todos cumprem. No entanto, como o fundo imobiliário também é cotado em Bolsa, sobre o ganho de capital há incidência de IR.
 

Uma dica para obter uma rentabilidade maior nos investimentos é concentrar os produtos num único setor. Assim, pessoas que mantém aplicações em CDBs, fundos de renda fixa, fundos DI, por exemplo, podem concentrar os investimentos em um único segmento para poder obter uma taxa de administração mais baixa ou um retorno mais elevado do seu investimento.
 

Como a inflação está alta, produtos indexados à inflação também podem ser interessantes, como os papéis NTN-B do Tesouro Direto.
 
Na Bolsa, há ações de empresas que pagam bons dividendos. E também há fundos de ações que pagam dividendos. Vale a pena pesquisar."

Fonte: UOL Economia
Sophia Camargo - Do UOL, em São Paulo 


Um comentário :

Francy Granjeiro disse...

Pior que só sabemos gastar...gastar....e gastar.
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O PIG EM ESPECIAL UOL DEVE TER VOMITADO QUANDO TEVE DE PUBLICAR ESSA MANCHETE QUE O MUNDO INTEIRO ACABA DE SABER, E VEJAM QUEM FICOU ATRAS DA PRESIDENTA DILMA.....KKKKKKKKKKKKKKKKK
DÁ-LHE DILMA..!!
VIVA O POVO BRASILEEEEIROOOOO..!!..KKKKKKKKKKKKKKKKK

Dilma Rousseff é a segunda mulher mais poderosa do mundo na lista da Forbes
Outra brasileira aparece entre as 20 primeiras da lista da revista americana: a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, no 18º lugar.
SHUASHUASHUASHUASHUA...
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2013/05/22/dilma-rousseff-e-a-segunda-mulher-mais-poderosa-do-mundo-na-lista-da-forbes.htm