segunda-feira, 28 de junho de 2010

POR ANTONIO CAPISTRANO*


TEMOS UMA BOA OPÇÃO PARA O SENADO - SÁVIO HACKRADT: O SENADOR DAS MUDANÇAS


Fiquei feliz com a candidatura ao senado do jornalista Sávio Hackradt (PCdoB). O quadro que se desenhava para disputar as duas vagas do senado, aqui no estado, era desolador, os de sempre, aqueles que só têm compromisso com eles mesmos.


O RN precisa de mudanças no Senado.


Desde a minha primeira participação em eleição (1960) procurei apoiar candidatos que estivessem no campo da esquerda. Lembro que em 1960 apoiamos Aluízio Alves para o governo do estado e Djalma Maranhão para prefeito da nossa capital. Era uma aliança meio complicada de explicar, mas parte importante da esquerda ficou com a Cruzada da Esperança, que tinha Djalma Maranhão, aqui no estado, como nosso principal candidato. Na disputa presidencial apoiávamos Henrique Teixeira Lott e o seu vice João Goulart.

Com o golpe militar de 1964, mesmo com toda restrição, dentro do jogo permitido, os nossos candidatos eram os da esquerda. A eleição para o executivo, nas capitais e para os governos estadual e federal, passou a ser indireta, pois era na verdade uma nomeação. Mas, para o legislativo, não. Portanto, era no legislativo a grande chance de elegermos os candidatos comprometidos com o processo democrático: Roberto Furtado, Odilon Ribeiro Coutinho, Geraldo Queiroz, Pedro Lucena, Agenor Maria, José Daniel Deniz, Radir Pereira, Hermano Paiva, Gileno Guanabara; João Batista Xavier para prefeito de Mossoró em 1982 e Garibaldi Alves Filho para prefeito de Natal em 1985 eram os nossos candidatos, nomes na época, comprometidos com as mudanças.

Como militante participei ativamente da luta, legal e clandestina, contra a ditadura militar. A correlação de forças era desproporcional, eles tinham o controle da informação, o aparato da repressão e o apoio das oligarquias, essas, sempre no poder.

Até 1986 acompanhei a orientação do Partidão (PCB). Era o centralismo democrático funcionando. Já nas eleições de 1988, discordei, não votei em Rosalba Ciarlini, candidata a prefeita de Mossoró. Naquele momento estava começando o esfacelamento do sistema socialista no leste europeu com reflexos danosos para a esquerda. Em 1989 a queda do muro de Berlim é um fato que vai deixou a esquerda perplexa em todo o mundo. Naquele momento faltou aos comunistas uma reflexão profunda dos acontecimentos. Na época, a esquerda foi na onda da grande mídia, o que virou um deus-nos-acuda.

Quando o PCB transformou-se no PPS não acompanhei essa decisão, desconfiava das artimanhas de Roberto Freire e de sua trupe. Não concordei com o tratamento dado ao velho Luiz Carlos Prestes e realmente eu estava com a razão. Veja no que deu o PPS: um apêndice da direita, um defensor do neoliberalismo. Com o fim da União Soviética os comunistas ficaram tontos, sem rumo, sem saber o que fazer. Este fato foi para nós um impacto maior que o “relatório” Kruschev (1956).

Hoje, à esquerda se recompôs, o mundo vive um novo momento, o neoliberalismo fracassou. A esquerda voltou à cena política. Agora, com a certeza que o caminho viável para um mundo de paz com desenvolvimento pleno é o socialismo. Socialismo conquistado através de um processo eleitoral, com eleições livres.

Temos hoje, na América Latina: Brasil, Venezuela, Equador, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Nicarágua e El Salvador, todos, países que elegeram governos progressistas através de um processo eleitoral democrático e esses governos estão dando um novo rumo econômico e político aos seus respectivos países.

Este ano (2010) o Brasil enfrenta uma nova etapa de consolidação do seu regime democrático com as eleições quase gerais e de certa forma, plebiscitário, que vai ocorrer no dia 3 de outubro. Vão ser eleitos: o presidente da república, os governadores, todos os deputados, federais e estaduais, e dois senadores por estado. Momento basilar para a democracia brasileira, oportunidade ímpar de cada um exercer o seu dever, escolhendo os melhores para dirigir o nosso país, tanto no executivo como no legislativo.

Temos bons candidatos ao parlamento e ao governos, estadual e federal. Entre eles lembro o nome do jornalista Sávio Hackradt, nome que representa uma profunda mudança no quadro político do estado. Com ele o Rio Grande do Norte sai da mesmice, da política monárquica que historicamente vem prevalecendo no seu processo eleitoral, e que são sempre, os herdeiros das oligarquias que são eleitos para o senado. Sávio representa o novo, a mudança, sem rabo-de-palha, com ficha limpa, histórico exemplar, respeitado por todos, com um projeto político progressista a defender.

Sávio é a opção para quem deseja votar em um candidato sério, comprometido com as mudanças. Ele eleito senador, vai ajudar o novo governo federal nas mudanças necessárias para a consolidação do nosso processo de desenvolvimento, mudanças essas que só serão possíveis com as reformas de base, tão necessárias e sempre adiadas pelos que se elegem para impedir sua aprovação na câmara e no senado com isso dificultando o nosso desenvolvimento e a inclusão social de milhões de brasileiros.

Portanto, estão de parabéns, o PCdoB pela escolha e o povo do Rio Grande do Norte pela opção que tem. A hora é essa! Sávio Hackradt, senador das mudanças.

*Antonio Capistrano foi reitor da UERN, é filiado ao PCdoB.



NOTA DO BLOG


Caro amigo Antonio Capistrano, gostaria de paabenizá-lo pelo texto, o qual concordo plenamente.


Aproveito para incorporar na sua justificativa a minha posição a respeito do nosso amigo comum Sávio Hackdt, que publiquei neste espaço em 28/02/2010.


Na última sexta-feira, na reunião ordinária da Confraria do "Copão", tive a oportunidade de conhecer o jornalista Sávio Hackadt (também conhecido como Alemão), canditado do Partido Comunista Brasileiro (PC do B) a uma vaga ao senado federal.


Confesso que fiquei impressionado com a sua simplicidade, competência e o seu profundo conhecimento da política da nossa amada urbe, do estado e desse idolatrado país verde amarelo.


Para quem não sabe, o Alemão já trabalhou em campanhas de vários politicos aqui do nosso estado, tais como: Jessé Freire, Radir Pereira, Aluízio Alves, Garibaldi Alves, Geraldo Melo, Lavoisier Maia, entre outros.


A nível nacional, Sávio coordenou a campanha do saudoso Mário Covas a presidente da república, vivenciou um momento histórico da história política Nacional, que foi a fase da redemocratização do Brasil, na época como assessor do então ministro Aluízio Alves.


Acompanhou e cobriu como repórter da TV Record, a Assembleia Nacional Constituinte (ANC), quando conviveu com figuras como: Ulisses Guimarães, Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso e outros ícones da política nacional, os quais frequentavam a sua residência.


Entre várias atividades exercidas por Sávio, como jornalista ou marketeiro político, coordenou em 2002, a campanha do atual presidente do Banco Central e um dos homens de maior trânsito no sistema bancário e financeiro mundial, Henrique Meirelles a deputado federal pelo estado de Goiás, quando o mesmo foi o deputado mais votado, não chegando a ocupar a cadeira de deputado federal, pois aceitou o convite do presidente Lula para presidir o Banco Central do Brasil.


Na Confraria do "Copão", papeamos bastante e fui convencido, pelos seus argumentos e história de vida, em declarar um dos meus votos ao senado, que gostaria de socializar com as amigas e amigos leitores desse blog - que será de Sávio Hackradt ( o Alemão) - ficando o segundo, a decidir, entre a governadora Wilma de Farias e o senador José Agripino.


Não será surpresa, termos um senador de esquerda representado o RN no senado federal, pois o Alemão é do ramo, tem história e estrada, é competente e transparente, conhece com ninguém os caminhos das pedras, é bom de debate e de argumentos, conhece como gente grande os problemas do nosso estado e seria o melhor presente que o eleitorado potiguar poderia proporcionar ao RN em 2010.


Carlos Escóssia


Nenhum comentário :