domingo, 17 de maio de 2009

SÓ RINDO


É A MÃE

"Memeu", na verdade, nunca fora um aluizista. E seriamente não morria de amores pelo ícone maior desse movimento político, Aluízio Alves
Para piorar a antipatia, àquela noite dos primórdios da década de 60, Aluízio fazia comício mesmo no cruzamento onde se situava a casa desse humilde popular. A voz rouca, vibrante e arrebatedora de Aluízio soava à tortura medieval nos tímpanos de Memeu. A irritação chega a um grau insuportável. Ai, Memeu resolve agir.

Sorrateiramente, encaminha-se para o quintal e arma-se. Com uma "banda" de tijolo em mãos, executa seu plano para exorcizar o "cigano" Alízio Alves.
Antes que o artefato bélico de Memeu conclua sua tragetória, ele já está ardilosamente no interior da casa. Sereno. No fundo da rede.

Em questões de segundos alguém passa a bater à sua porta e chamá-lo aos berros: "Memeu, abra aqui! Abra aqui, Memeu". Nosso personagem então se apavora, raciocinando que tinha descoberto a arigem daquela granada. Uma dedução falha.
- Abra, Memeu. Acertaram uma tijolada bem na cabeça de sua mão!
Carlos Santos

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