Um conhecido radialista da cidade se "empolga" com a nova namorada que possui. Ela não é exatamente um poço de cultura, mas tem um "chassi" que encobre essa suposta deficiência.
Afeito a uma cana brava, diarista de carteirinha, ele, em companhia do love, confessa se sentir abatido, ao ver circular ambulâncias transportando pessoas em dramas muitas vezes irreversíveis. A namorada tenta consolá-lo nessa reflexão: "você sabe que é assim e ainda inventa de beber pertinho do Tranquedo Neves para ficar mais triste"
A agressão vernácula da acompanhante quase faz nosso personagem ter um troço. Porém, ele disfarça. Faz de conta que não percebeu o chafurdo imposto por ela ao hospital e ao homenageado, ex-presidente Tancredo Neves.
Dias depois, numa confraria em que a namorado está ausente, o radialista respira aliviado, confessando seu contentamento com uma decisão da Assembleia Legislativa, endossada pelo governador Garibaldi Filho: mudança do nome de Hospital Regional Tancredo Neves para Hospital Regional Tarcísio Maia.
"Mas por que essa alegria toda?", indaga um amigo. Ele é tecnicamente claro:
Não é possível que agora ela vá dizer Hospital Regional Tracísio Maia!"
Carlos Santos
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