PARA ONDE VÃO OS R$ 50,9 BILHÕES
ARRECADADOS COM A REPATRIAÇÃO?
Nem bem chegou aos cofres públicos, o
dinheiro amealhado com a repatriação de recursos do exterior já tem
destino certo. Parte dele irá para Estados e municípios. E outra parte
será usada para tapar o buraco nas contas do Governo Federal.
A
negociação para que o projeto fosse aprovado Congresso envolveu algumas
contrapartidas, entre elas que governadores e prefeitos recebessem parte
dos R$ 50,9 bilhões que foram arrecadados, segundo informações da
Receita Federal.
Em uma conta ainda imprecisa, considerando-se o
que foi pactuado, a União ficaria com R$ 28 bilhões (55% do total), os
municípios com R$ 11,96 bilhões (23,5%) e os Estados com R$ 10,94
bilhões (21,5%).
“Para o governo foi um excelente negócio, pois o
que se arrecadou equivale quase a cobrança de uma CPMF por um ano”, diz o
economista Gilberto Braga, do Instituto Brasileiro de Mercado de
Capitais (Ibmec- RJ). “Em um período de arrecadação em queda, de vacas
magras, este dinheiro é muito bem-vindo.”
O secretário da Receita
Federal, Jorge Rachid, informou nesta terça-feira, 1, que 25.011
contribuintes pessoas físicas e 103 empresas aderiram ao programa de
repatriação. A maior parte dos ativos (R$ 163,87 bilhões) referem-se às
pessoas físicas. Já as empresas declararam R$ 6,06 bilhões em ativos no
exterior.
“Dinheiro carimbado”
A expectativa do Governo Federal é que o dinheiro obtido com a
repatriação ajude a abater parte das contas que estão no vermelho neste
ano. A previsão é de que as despesas do Planalto superem a arrecadação
(meta fiscal do déficit) em R$ 170,5 bilhões em 2016.
Um outro destino da parcela destinada ao governo federal com a repatriação de recursos será quitar a conta de “restos a pagar” (dívida de outros anos) no orçamento, de acordo com informações divulgadas. Hoje essas dívidas somam cerca de R$ 180 bilhões.
Fonte: Isto É Dinheiro
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