quarta-feira, 2 de novembro de 2016

PARA ONDE VÃO OS R$ 50,9 BILHÕES 

ARRECADADOS COM A REPATRIAÇÃO?


Nem bem chegou aos cofres públicos, o dinheiro amealhado com a repatriação de recursos do exterior já tem destino certo. Parte dele irá para Estados e municípios. E outra parte será usada para tapar o buraco nas contas do Governo Federal.

A negociação para que o projeto fosse aprovado Congresso envolveu algumas contrapartidas, entre elas que governadores e prefeitos recebessem parte dos R$ 50,9 bilhões que foram arrecadados, segundo informações da Receita Federal.

Em uma conta ainda imprecisa, considerando-se o que foi pactuado, a União ficaria com R$ 28 bilhões (55% do total), os municípios com  R$ 11,96 bilhões (23,5%) e os Estados com R$ 10,94 bilhões (21,5%).

“Para o governo foi um excelente negócio, pois o que se arrecadou equivale quase a cobrança de uma CPMF por um ano”, diz o economista Gilberto Braga, do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec- RJ). “Em um período de arrecadação em queda, de vacas magras, este dinheiro é muito bem-vindo.”

O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, informou nesta terça-feira, 1, que 25.011 contribuintes pessoas físicas e 103 empresas aderiram ao programa de repatriação. A maior parte dos ativos (R$ 163,87 bilhões) referem-se às pessoas físicas. Já as empresas declararam R$ 6,06 bilhões em ativos no exterior.

“Dinheiro carimbado”


A expectativa do Governo Federal é que o dinheiro obtido com a repatriação ajude a abater parte das contas que estão no vermelho neste ano. A previsão é de que as despesas do Planalto superem a arrecadação (meta fiscal do déficit) em R$ 170,5 bilhões em 2016.

 Um outro destino da parcela destinada ao governo federal com a repatriação de recursos será quitar  a conta de “restos a pagar” (dívida de outros anos) no orçamento, de acordo com informações divulgadas. Hoje essas dívidas somam cerca de R$ 180 bilhões.

Fonte: Isto É Dinheiro 
 

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