ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
SOBRE RODA VIVA
Na composição de Chico Buarque, Roda Viva, podemos observar como o
poeta retrata de maneira magistral, os momentos, em que, qualquer um ser
humano pode passar, por de tristeza, macambúzio, de lundu entre os
negros escravizados. Situação atualmente mais conhecida como depressão, a
doença da alma, dita do século.
“Tem dia que agente se sente como quem partiu ou morreu”. É verdade, a depressão não deixa que se veja sentido em nada. “Agente estancou de repente ou foi o mundo então que cresceu”. A pessoa se sente só, mesmo estando no meio da multidão. “Agente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar”.
A sensação de impotência diante das atribulações cotidianas leva o indivíduo à passividade completa, a ficar inerte. ”Agente vai contra a corrente até não poder resistir”. É o mergulho na introspecção existencial negativa da angustia e da incerteza. “faz tempo que agente cultiva a mais linda roseira que há, mas eis que chega a roda-viva e carrega a roseira pra lá”.
São sonhos não realizados, frustrações que se acumulam na mente e na
alma das pessoas causando-lhes tormentos, amarguras profundas,
provocando distúrbios psicológicos produzindo ansiedade e letargia
diante da vida.
“O samba, a viola, a roseira um dia a fogueira queimou foi tudo ilusão passageira que a brisa primeira levou no peito a saudade cativa faz força pro tempo parar, mas eis que chega a roda-viva e carrega a saudade pra lá”. A sensação de uma vivência inútil de que tudo era apenas sonho, a saudade mórbida do que passou, enfeixa esse sentimento de perda, muito bem retratada na estrofe reproduzida.
Achei por bem fazer essas considerações, depois de ter encontrado um amigo, que há muito não o via e encontrá-lo magro, pálido, triste, bem diferente do homem alegre, bem humorado com quem convivi profissionalmente. Surpreso com seu estado de abatimento arranjei uma maneira de me inteirar do seu estado de saúde sem melindrá-lo. Ele não se fez de rogado, falou-me que estava saindo de uma baita depressão que quase o levava ao suicídio.
“O samba, a viola, a roseira um dia a fogueira queimou foi tudo ilusão passageira que a brisa primeira levou no peito a saudade cativa faz força pro tempo parar, mas eis que chega a roda-viva e carrega a saudade pra lá”. A sensação de uma vivência inútil de que tudo era apenas sonho, a saudade mórbida do que passou, enfeixa esse sentimento de perda, muito bem retratada na estrofe reproduzida.
Achei por bem fazer essas considerações, depois de ter encontrado um amigo, que há muito não o via e encontrá-lo magro, pálido, triste, bem diferente do homem alegre, bem humorado com quem convivi profissionalmente. Surpreso com seu estado de abatimento arranjei uma maneira de me inteirar do seu estado de saúde sem melindrá-lo. Ele não se fez de rogado, falou-me que estava saindo de uma baita depressão que quase o levava ao suicídio.
Perguntei-lhe
a causa da doença, disse não saber, só sabia que de repente, passou a
não sentir mais vontade de nada, nem de se alimentar, por isso tinha
emagrecido dez quilos em poucos dias. Mas estava quase bom, já tinha
voltado a sentir a vontade e alegria de viver. Conseguia cuidar da
família e dos negócios. – Qual foi à medicação tomada? – Olha, tomei
diversos, mas o melhor remédio mesmo foram às orações que fiz a Deus
para me curar da enfermidade. Sou um crente, e apesar do profundo
desânimo em que eu me encontrava, mesmo assim, meu Pai Celestial, me deu
força suficiente para dirigir-Lhe minhas petições e ser atendido.
Inclusive, a consciência para eu ver a vida por um ângulo menos
ambicioso, egoísta, soberbo, enfim mais humano. – Aleluia! As conquistas
materiais são todas ilusões passageiras que a brisa primeira levou
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