COMÉRCIO DO RN AMARGA 13 MESES
SEGUIDOS DE QUE NAS VENDAS
As vendas do Comércio Varejista Ampliado
potiguar registraram, em julho, queda de 14,1% em relação a igual
período do ano passado. Com isso, o acumulado do primeiro semestre de
2016 no estado já mostra uma queda de 10,9% percentual muito acima dos
2,01% de queda registrados no período de janeiro a julho de 2015. A
retração acumulada ao longo de 2016 já representa quase o dobro daquela
registrada ao longo de todo o ano passado (-5,9%).
Com mais este resultado negativo, o RN
já conta 13 meses seguidos de queda nas vendas. O número de julho também
confirmou dois novos recordes: foi o maior percentual de queda para um
único mês e, também, a primeira vez, desde o início da série histórica
do IBGE (em 2005) que o comércio do Estado registra 13 meses seguidos de
vendas em declínio.
Os números foram divulgados na manhã
desta terça-feira, 13, pelo IBGE, e reforçam o momento delicado pelo
qual o setor de comércio do RN, um dos mais importantes da economia
potiguar, está passando.
“Felizmente temos começado a enxergar,
desde o início de agosto, alguns indicadores, no plano nacional, que
apontam para recuperação da nossa economia. Mas está muito claro que
estamos batendo no fundo do poço. Treze meses seguidos de queda nas
vendas e um acumulado de quase 11% em perdas somente este ano é
realmente um cenário extremo”, afirma o presidente da Federação do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN, Marcelo Queiroz.
O recorde histórico negativo para as
vendas registrado em julho é apontado pelo presidente da Fecomércio RN
como consequência de todo um contexto econômico. “Temos hoje um cenário
com juros nas alturas, endividamento atingindo mais de 60% das famílias e
cerca de 58 milhões de pessoas inadimplentes. Claro que é ambiente
extremamente inóspito para o comércio. Tudo isto explica este recorde
negativo”, diz ele.
O presidente faz questão de reafirmar
que há sinais – ainda tímidos – de que a crise econômica começa a perder
força (ele cita a redução das taxas inflacionárias e sinalizações de
novos investimentos e de estabilização no mercado de trabalho). Segundo
Queiroz, a expectativa é que os próximos meses sejam de quedas menos
acentuadas nas vendas. “No entanto, dificilmente teremos um ano de 2016
que consiga, pelo menos, se igualar a 2015, que já foi ruim.
Infelizmente, está claro que teremos este ano o pior desempenho do
varejo potiguar na série histórica”, afirma Marcelo Queiroz.
Segmentos
A exemplo do que aconteceu em junho,
todos os segmentos do varejo registraram queda nas vendas. As maiores
foram verificadas em Veículos (-20%); Livros, Jornais e Revistas
(-18,6%); Equipamentos e Materiais para Escritório e Informática
(-12,9%) e Móveis (-12,8%).
Fonte: Portal no Ar
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