ARRECADAÇÃO CAI 7,33% NO
PRIMEIRO SEMESTRE,
DIZ RECEITA FEDERAL
A arrecadação federal de impostos e contribuições federais somou R$
617,257 bilhões no primeiro semestre, com queda real de 7,33% na
comparação com o mesmo período do ano passado, descontada a inflação
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado
pelo governo para estabelecer as metas.
“O resultado da
arrecadação de 2016 do primeiro semestre de 2016 foi menor do que o
resultado da arrecadação verificado no mesmo período de 2015 por causa
da atividade econômica e da forte retração da atividade econômica.
Atualmente, os níveis de emprego, a queda do consumo e a queda da
produção industrial estão refletindo no resultado da arrecadação”, disse
Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e
Aduaneiros da Receita Federal.
Em junho, o governo federal
arrecadou R$ 98,129 bilhões em impostos e contribuições. O total
representa queda real de 7,14 % em relação ao mesmo período de 2015. Os
dados foram divulgados, hoje (28), pela Receita Federal, Foi o pior
resultado para junho desde 2010.
O resultado da arrecadação
decorreu, principalmente, do desempenho da economia, evidenciado pelo
comportamento dos principais indicadores macroeconômicos que afetaram
diretamente a arrecadação de diversos tributos, destaca a Receita
Federal.
Cofins e PIS/Pasep
Segundo a
Receita, entre os principais fatores que influenciaram a arrecadação em
junho está a queda da Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social (Cofins) e Contribuição para o PIS/Pasep, com redução real de
8,45%. PIS/Pasep é a sigla do Programa de Integração Social e do
Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), que são
contribuições sociais devida pelas empresas. O resultado sofreu o efeito
da diminuição de 10,20% no volume de vendas de bens. Houve ainda
redução no Imposto de Importação e Imposto sobre Produtos
Industrializados vinculados à importação com queda de 28,38% em razão da
redução no valor em dólar da importação.
No caso das receitas
previdenciárias, a arrecadação registrou queda real de 3,14% no período.
A arrecadação sofreu o efeito ainda da queda do Imposto de Renda-Pessoa
Jurídica (IRPJ), com decréscimo de 7,58%.
“A retomada da
arrecadação virá com a recuperação do nível de emprego, consequentemente
com o nível de renda das famílias e a retomada do consumo”, disse
Claudemir Malaquias. Para ele, indicadores permitem que a Receita
Federal observe sinais melhores do que os projetos inicialmente para a
arrecadação. “Nós tínhamos um resultado no início do ano previsto para o
final do ano negativo [que era] maior do que os que estamos tendo
hoje”, disse.
Fonte: Agência Brasil
Por Daniel Lima
Edição: Kleber Sampaio
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