quarta-feira, 6 de agosto de 2014

CEPAL INDICA CRESCIMENTO 

MENOR QUE EM 2013 NA AL


A Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) estima um crescimento abaixo do registrado em 2013 para as economias da região. Na coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, Alicia Bárcena, secretária executiva do órgão, afirmou que os fatores que levam a tal prognóstico já não são tão homogêneos quanto no passado. “Hoje é mais difícil identificar dinâmicas semelhantes, é preciso levar em conta as vulnerabilidades de cada país”, disse.

Segundo a Cepal, na América do Sul, apenas Colômbia e Equador terão expansão econômica acima da verificada em 2013, ambos com crescimento de 5%, devido à manutenção da demanda por hidrocarbonetos, cujos preços internacionais não se deterioraram. Peru e Chile, que pelos cálculos da Cepal crescerão, respectivamente, 4,8% e 3%, irão desacelerar devido a uma redução do nível de investimento e desaceleração do consumo doméstico.

No caso do Brasil, a Comissão estima crescimento de 1,4%. Para retomar índices mais altos de expansão, aconselha o país a se empenhar para o aumento da taxa de investimento — que no primeiro trimestre de 2014 foi de 17,7% do PIB —, controlar a inflação e manter a meta de superávit mesmo com uma relação desfavorável entre a arrecadação (que cresceu 6,8% no primeiro quadrimestre em relação ao mesmo período de 2013) e os gastos primários, que subiram 14,1%. Quanto à Argentina, a secretária executiva afirmou não haver ainda um prognóstico claro — os estudos foram realizados em julho, antes da decisão do tribunal de Nova Iorque sobre o pagamento dos holdouts —, mas que o caso poderá implicar “um dano ao sistema financeiro mundial”.

Alicia destacou que, mesmo com dinâmicas diferentes, os países da região precisam se empenhar para o aumento da produtividade de suas economias.  “Não a partir do sacrifício dos trabalhadores, mas do investimento em infraestrutura, bem como da qualidade dos gastos públicos, qualificação da mão de obra, investimento em tecnologia e integração nas cadeias de valor”, destacou.
Veja estudo completo da Cepal em:  http://goo.gl/WBUkQk

Fontel: Portalibre/FGV 

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