QUANDO SILVEIRA JÚNIOR
ENCONTRA ODORICO PARAGUAÇU
Fábrica de enredos memoráveis, Mossoró nos brinda com mais uma história dantesca.
Amanhecemos com a revelação de que a administração municipal ordenou o
timbre da gestão nos ataúdes distribuídos a quem por eles não pode
pagar.
Um caixão em si já vem coberto de dores. Timbrado pela administração
se cobre de uma perplexidade que indigna e questiona: qual a necessidade
de, até na morte, lembrar ao mais carente a relação de dependência que
tem com o mandatário do momento encastelado no Palácio da Resistência?
Os feitos de Silveira Júnior me remeteram a Odorico Paraguaçu, o cômico prefeito de O Bem Amado que transformou em obsessão seu desejo em inaugurar o cemitério de Sucupira.
Silveira e Odorico estão separados da realidade e ficção por uma fina camada de ironia.
Em morte, Odorico realizou seu desejo. Seu esquife desceu à terra e inaugurou o cemitério.
Em vida, Silveira vê o símbolo de sua gestão se confundir com caixões que encerram a própria morte.
É intrigantemente curioso.
Sobretudo quando a morte política se avizinha sobre a gestão do homem
que prometeu fazer tudo diferente e repete, evocando Gabriel Garcia
Marquez, os erros das extirpes que condenaram Mossoró à eterna solidão.
Fonte: Tiro ao Alvo - Portal no Ar
Por Dinarte Assunção
NOTA DO BLOG:
Brincadeira!
Tenho dito, que o nosso prefeito (que se diz preparado por Deus), entrou num oito e não sabe como sair.
No início da gestão, parecia tímido, depois tomou gosto e passou a falar muito e sobre tudo.
O problema, é que quase sempre as suas declarações e decisões, são um tiro no próprio pé.
Pobre Mossoró!
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